De animais de estimação a família: pesquisa identifica novo perfil de relação entre tutores e pets

A Radar Pet 2023 identificou que tutores desejam qualidade de vida para os animais tanto quanto para um membro da família

Cachorro e sua tutora em um café - Divulgação

A inclusão de cães e gatos como membros da família foi identificada e quantificada na pesquisa Radar Pet 2023. O levantamento, que identificou mais de 37 milhões de domicílios com pet no Brasil, encontrou um aumento do número de tutores que buscam proporcionar cada vez mais qualidade de vida, conforto e bem-estar para seus animais. O grupo foi categorizado como "Pet Lovers Emocionais" e representam a maioria dos tutores de pets no País.  

"Essa nova categoria considera os pets como membros legítimos de suas famílias e estão dispostos a investir em cuidados de alta qualidade, buscando os produtos mais avançados disponíveis no mercado para atender às necessidades de seus animais de estimação. Essa tendência emergiu em resposta ao crescente interesse das pessoas em proporcionar qualidade de vida e longevidade aos seus bichinhos, combinando cuidados essenciais com medidas preventivas", explicou Andrea Castro, coordenadora da Comac.

Um exemplo disso é que, em 2023, 29% das pessoas consideram seus cães como verdadeiros membros da família, em comparação com 25% em 2019. No que diz respeito aos gatos, 25% das pessoas agora têm essa relação de família, em comparação com 21% em 2019.  

Realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), a pesquisa identificou perfis de tutores. A categoria é liderada pelo grupo dos "Pet Lovers Emocionais", com 32% do total de participantes. O segundo lugar da pesquisa ficou com os "Pet Lovers Racionais", com 23%. 

Em sua maioria, o grupo “emocional” é composto por mulheres com idade até 39 anos, incluindo solteiras, viúvas, divorciadas, sem filhos e se enquadram na classe social AB1. Membros da comunidade LGBTQIA+ também são predominantes nesta categoria. Geograficamente, esse tipo de tutor é encontrado na região Sudeste e mora tanto em residências quanto em apartamentos.

Os "Pet Lovers Racionais" buscam equilíbrio entre a razão e emoção e tendem a ser do sexo feminino, com idades em torno de 40 anos, que geralmente vivem sozinhas e em apartamentos. Esses tutores pertencem predominantemente à classe social AB e estão distribuídos por todas as regiões do País.

Complementando os tipos de tutores, há, ainda, os "Desapegados," que mantêm um vínculo emocional mais fraco com seus pets, preocupando-se principalmente com os cuidados básicos. Geralmente, são homens na faixa dos 50 anos, casados e com filhos. Eles pertencem à classe C e residem em casas nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.

Há, também, os "Amigos do Pet", que, em sua maioria, são mulheres com idades entre 30 e 59 anos, casadas e com filhos. Esses tutores, pertencentes à classe C e residentes no Sudeste e Centro-Oeste, possuem um forte vínculo com seus cães e gatos, considerando-os parte da família, apesar de terem pouco tempo para dar atenção devido às atividades diárias.

"Segundo os resultados da pesquisa, em 2019, o grupo de tutores classificados como 'Desapegados' representava 21%, enquanto este ano, esse número foi reduzido para 18%. Essa diminuição evidencia o fortalecimento dos laços de afeto e carinho entre os donos e seus pets", explicou Andrea Castro.

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