Dermatites e otites: saiba como proteger seu pet dessas inflamações
A exposição à umidade aumenta os riscos de complicações nos pelos e ouvidos de cães e gatos
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O inverno chega no dia 20 de junho, mas as mudanças na temperatura e umidade do ambiente já podem estar colocando em risco a saúde do seu cãozinho ou gatinho. Neste período, tutores de cães e gatos devem reforçar a atenção aos mínimos detalhes para reverter quadros de desconfortos o quanto antes, prezando pela qualidade de vida dos mascotes ao longo do ano. Duas enfermidades costumam aparecer com mais frequência neste período: dermatite e otite.
A dermatite é uma inflamação nas camadas mais superficiais da pele. Apesar de ser "simples", a doença pode abrir caminho para outros problemas de saúde quando o animal tenta sanar a irritação. Seus sintomas mais comuns são coceira, vermelhidão e feridas nos locais afetados.
"Alergias também ganham maior força no inverno através de poeira, plantas, picadas de insetos como pulgas e carrapatos, além de infecções fúngicas, assim como as dermatites psicogênicas, principalmente nos felinos em momentos de estresse com mutilações que levam às questões dermatológicas", destaca a veterinária Annie Tenório, do aplicativo Vet4All.
"Como as causas são diversas, o tutor precisa ficar atento aos sinais do que tem provocado tal quadro clínico e buscar orientação especializada o quanto antes", alerta a especialista.
Já a otite é uma doença que se manifesta com infecções e inflamações do ouvido. Os principais sintomas em cães e gatos, são: mau cheiro nas orelhas, inchaço na região, coceira intensa e constante, vermelhidão, balanço da cabeça com frequência, cabeça pendulada para algum dos lados, apresentação de secreção no canal auditivo e perda de pelo nas orelhas ou ao redor. O tutor precisa ficar atento a esses sinais para iniciar o cuidado e tratamento com o pet o quanto antes, visto que a perda auditiva sensorial é irreversível.
Confira algumas orientações para evitar dermatites e otites em seus pets:
- Cuidados com a higiene
"Os casos a partir de fungos e bactérias são comuns, porém também devemos considerar aqueles que são induzidos pelos tutores como o excesso de banhos sem a devida secagem ou mesmo poucos banhos com resquícios de umidade, além do uso de álcool, água sanitária e desinfetante na faxina do ambiente. O uso recorrente de lenços umedecidos para limpar as patinhas após aquele passeio na rua também pode desencadear dermatites. Quando temos consciência e fazemos tudo corretamente, especialmente com a secagem, a tosa higiênica e prezamos por um ambiente arejado, será nítida a redução dos desconfortos nos animais", frisa a especialista da Vet4All.
Outro problema que geralmente está associado às questões de pele é a otite. Se o pet apresenta bactérias na pelagem, ele terá no ouvido e vice-versa.
"A água que caiu no ouvido durante o banho ou uma pancada na área são casos clássicos de otite, bem como alergias alimentares, atopia ou distúrbio cutâneo e outros, que podem trazer dor intensa ao toque, mal cheiro e produção exacerbada de cera, e até tristeza do animal sem querer comer. O ideal é consultar um veterinário para análise correta do problema, inclusive, se é a otite interna ou externa, para possível andamento do protocolo medicamentoso evitando maiores consequências à saúde do pet como estreitamento do canal auditivo e até danos neurológicos", explicou.
- Alimentação adequada
“A menor quantidade de carboidratos, ou seja, de açúcar no corpo, leva a uma pelagem sadia, com menores intercorrências dermatológicas. O investimento na proteína correta, com concentrações adequadas de aminoácidos, também reduz alergias alimentares e processos inflamatórios. Não o bastante, devemos ter em mente que nem tudo é o que parece. Os animais trocam a pelagem duas vezes por ano, em média, e isso é um processo natural apesar da queda de pelos ser mais intensa”, tranquiliza Annie Tenório.