Dezembro: mês da adoção responsável
Olhar com maturidade para a vida de um pet é crucial para que animais não sejam abandonados
O mês de dezembro é dedicado à adoção responsável no mundo animal. Essa, onde o tutor antes de ter um pet pensa em todos os prós e contras e avalia a responsabilidade que terá até o fim da vida do animal.
Olhar com maturidade para a vida de um pet é crucial para que animais não sejam abandonados por pessoas que foram impulsivas na hora de adquirir um cãozinho ou gatinho.
A relação entre este mês e a adoção responsável não é por acaso, ela se baseia no fato de que dezembro é o período com mais incidência de abandono de animais.
“Feriados, férias e mudanças na rotina contribuem para o aumento dos casos de abandono de cães nesta época. Muitas vezes, famílias que adotaram animais de forma impulsiva percebem, mais tarde, que não têm condições de cuidar deles e, infelizmente, abandonam”, informou Roberta Paiva, gerente da Elanco Saúde Animal.
Como ter certeza?
Mas como fazer uma adoção ou compra responsável? O que é preciso saber? Não te preocupa que o Folha Pet vai te ajudar a entender melhor, vem comigo:
Primeiro o provável tutor precisa ter ideia de que ter um pet é um compromisso de longo prazo, com no mínimo 10 anos de convivência e cuidados com o animal escolhido. Os custos com comida, veterinário, vacinas e medicamentos precisam ser colocados na balança durante todos os anos de vida do pet.
Se você não mora só é preciso ter a concordância de todos os membros da casa na hora de ter um pet, independente de quem assumir as responsabilidades com o animal. Dizer que só você vai lidar com a vida inteira do bichano ou cãozinho e ignorar a opinião de quem mora sob o mesmo teto é um indício de que você ainda não está preparado para lidar com um animal. Todos os membros da família – ou pessoas que convivem no mesmo lar - devem estar de acordo com a decisão.
Inclusive, aqui vai um lembrete: pet não é presente. Não dê um animal para alguém que não está pronto para a responsabilidade de ter um.
Outro recurso necessário para um tutor é a disponibilidade. Não dá para ter um pet para quando você quiser brincar ou dar atenção, animais demandam rotina e cuidados cotidianos. Todos. Os. Dias.
Você dispõe de tempo para passeios 2 ou 3x no dia para ter um cãozinho? Dispõe de tempo para limpar diariamente a caixinha de areia de um gatinho? Isso sem considerar tempo para brincar com o animal, pois ele precisa gastar energia para não adoecer devido ao tédio. Por mais tranquilo que o animal seja, ele é um ser vivo, que demanda atenção, alimentação, interação, brincadeiras etc.
É importante ainda avaliar se o lar é adequado ao porte e às necessidades do animal. Isso não quer dizer que quem mora em apartamento não possa ter um pet; é preciso apenas conciliar as características do espaço com o perfil do cão ou gato.
Há animais que são mais tranquilos e se adaptam bem a espaços menores, por exemplo. Ou ainda, o tutor tem disponibilidade para ajudar seu animal a gastar energia, saindo para passear com uma frequência maior, entre outras possibilidades. “Por isso que reforçamos a necessidade de avaliar os perfis e não somente as características físicas”, relembra Roberta.
Há outras formas de ajudar pets
Por ser um período festivo e cheio de celebrações voltadas para a caridade, é comum que o coração esteja mais balançado para a capacidade de acolher em dezembro. Mas, se houver dúvida e não certeza sobre a adoção de um pet, que tal ajudar um abrigo ao invés de adotar um pet sem responsabilidade?
Apesar de estarmos já no fim do mês, ainda dá tempo de doar em 2024 ou até planejar alguma doação frequente, durante o ano de 2025. Com isso, você pode se aproximar da ideia de ser parcialmente responsável financeiramente por animais e avaliar se ter um pet em casa é uma boa escolha para o momento.
Pesquise abrigos na sua cidade e entre em contato para saber como ajudar na manutenção do local, seja com dinheiro ou com mão de obra.