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Erliquiose: doença transmitida por carrapatos, exige atenção mesmo após o tratamento

Transmitida por uma bactéria, a erliquiose pode prejudicar a saúde de cães a longo prazo

Cachorro em ambiente de praia com coceiraCachorro em ambiente de praia com coceira - Rachel Claire / Pexels

A erliquiose, doença causada pela bactéria Ehrlichia e transmitida principalmente por carrapatos, pode trazer sérias consequências à saúde dos cães, especialmente quando não é diagnosticada e tratada de forma adequada e precoce.

“Embora seja possível controlar os seus sintomas, a enfermidade pode ter efeitos duradouros, especialmente se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado de forma completa”, explica a médica-veterinária Stefanie Poblete, da Syntec.

Quando não diagnosticada e tratada de forma eficaz, a doença pode evoluir para a forma crônica. Nesse estágio, a bactéria continua a se multiplicar no organismo do cão, comprometendo o sistema imunológico e afetando órgãos vitais, como rins e a medula óssea.

"Além disso, a erliquiose pode causar graves problemas sanguíneos, como diminuição de plaquetas e glóbulos vermelhos, o que pode levar à anemia severa, dificuldades de coagulação e, em casos mais avançados, hemorragias", esclarece Stefanie.

Mesmo após o tratamento, o acompanhamento do animal por um médico-veterinário é muito importante, para garantir a recuperação completa e identificar possíveis sequelas. Stefanie Poblete ressalta que o processo pode ser gradual, exigindo atenção contínua.

“Exames de sangue periódicos são indispensáveis para monitorar a função dos órgãos, além dos níveis de plaquetas e glóbulos vermelhos, possibilitando ajustes no tratamento, se necessário. Esse cuidado contínuo aumenta as chances de recuperação plena e melhoria da qualidade de vida do pet.”

Além disso, o controle rigoroso dos parasitas é essencial mesmo após o tratamento. A veterinária destaca que a prevenção contínua – por meio de coleiras antiparasitárias, tratamentos tópicos ou medicamentos orais – é a melhor forma de evitar reinfecções. A adoção dessas medidas, aliada ao acompanhamento veterinário, contribui para a recuperação plena do animal e reduz o risco de complicações futuras.

 

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