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Gata sofre maus-tratos em "quebra-panela" em Sergipe: "prêmio" era R$ 20

Animal foi colocado dentro de panela de barro. Vídeos mostram agressão

Maus-tratos a gata em Cumbe: animal estava trancafiado em panela de barro - Redes sociais/Reprodução

Uma gata sofreu maus-tratos durante a Festa da Fogueira Gigante, promovida pela Prefeitura de Cumbe, em Sergipe, no último sábado (13). O animal passa bem, segundo a gestão municipal.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que um homem com os olhos vendados acerta uma panela de barro, que tem a gata dentro, com um pedaço de madeira.

A brincadeira é conhecida em Pernambuco como "quebra-panela". Em Sergipe, é chamada de "quebra-pote". 

A panela quebra e cai no chão com a gata e outros brindes característicos do "quebra-panela", como doces e guloseimas. O animal foge correndo.

Em seguida, algumas pessoas se aglomeram no chão para pegar os itens e outras começam a perseguir a gata pelas ruas da cidade. 

O tutor do animal, ouvido pela Polícia Civil nesta segunda-feira (15), disse que iria pagar R$ 20 a quem conseguisse capturar a gata. Ele e outras pessoas prestam depoimento.

O caso gerou polêmica em Cumbe, cidade localizada a cerca de 87 quilômetros da capital sergipana Aracaju, e ganhou repercussão nacional. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Polícia Civil investiga
O g1 Sergipe afirmou que a Polícia Civil do estado investiga o caso. Condutas ilícitas contra animais silvestres e domésticos são consideradas crimes.

A pena prevista vai de dois a cinco anos e pode aumentar caso o animal morra. 

“O gato estava trancado, sem luz e sem oxigênio. Após o objeto ser atingido, o gato caiu e foi perseguido”, disse o delegado Wanderson Bastos ao g1 Sergipe.

Por meio de nota, a Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE) afirmou que tomará todas as providências cabíveis para garantir a apuração dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Prefeitura afirma que não sabia da presença da gata no pote
O coordenador do Departamento de Cultura e Turismo de Cumbe, Lucivanio Silva, afirmou, em nota enviada ao g1 Sergipe, que a prefeitura não sabia da presença da gata no pote.

Ele também disse que a brincadeira é promovida há mais de 30 anos por uma família da cidade e foi agregada à programação da festa. 

"O Departamento de Cultura divulga em suas redes sociais a data festiva e também as atividades que são desenvolvidas no município, tanto as promovidas pela Administração Pública, como também as desenvolvidas pelos populares, que se utilizam do exercício do seu direito de liberdade (...) A Administração Pública Municipal em nenhum momento tomou conhecimento do envolvimento de animal doméstico nas brincadeiras. O que precisamos agora é focar nas medidas que podem ser adotadas. Embora todos anseie pela responsabilização das pessoas envolvidas, incluindo menores de idade, não podemos, tentando reprimir uma possível ilegalidade, cometer uma ilegalidade ainda maior, que seria apontar culpados sem antes passarmos pelo devido processo legal".

A prefeitura ainda garantiu que irá colaborar com as investigações e disse que as demais atividades da programação da festa transcorreram de forma legal. 

"Esperamos que esse fato isolado não tenha o condão de desprestigiar todas as outras atividades que foram realizadas e que com isso não se relacionam. Todas as outras atividades seguiram as leis e engrandeceram ainda mais nossa cultura local".

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