Logo Folha de Pernambuco

Gatos não transmitem mais doenças parasitárias que outros pets; entenda

Neste Dia Internacional dos Gatos, o Folha Pet preparou uma matéria para desmistificar alguns mitos sobre o assunto

Gato recebendo carinho - Pexels

Nesta terça-feira (8) é celebrado o Dia Internacional do Gato e, para festejar esse animal tão amado, o Folha Pet trouxe uma verdade: gatos não são mais transmissores de doenças parasitárias que outros pets. Muitas pessoas podem culpar os bichanos por verminoses transmissíveis para os humanos, como o bicho geográfico. Mas essa e algumas outras doenças são transmitidas por animais não vermifugados, sendo eles cães ou gatos. 

Gato atento

Ambos os animais podem ser portadores de doenças que também podem afetar seres humanos, mas a frequência e a gravidade das doenças podem variar dependendo de diversos fatores.

O bicho geográfico, apontado como transmitido por gatos em um comentário no Instagram da Folha de Pernambuco, é uma infecção causada por parasitas intestinais encontrados tanto em cães quanto em gatos. A transmissão para seres humanos não ocorre diretamente dos animais de estimação, mas sim através das fezes de cães ou gatos infectados. O ciclo de transmissão inicia quando as fezes contendo ovos do parasita são depositadas no solo ou na areia. Os ovos se desenvolvem em larvas que podem penetrar a pele humana em locais contaminados, como praias, parques ou jardins onde animais infectados defecaram. Gatos e cães atuam como hospedeiros intermediários, mas não transmitem diretamente o bicho geográfico para pessoas.

Cães e gatos têm diferentes interações com humanos e o ambiente. Os cães, por exemplo, têm maior probabilidade de ter contato com o ambiente externo, outros animais e diferentes tipos de parasitas, como pulgas e carrapatos, o que pode aumentar o risco de transmissão de algumas doenças. Por outro lado, gatos, especialmente os que vivem em ambientes fechados, têm menor exposição ao ambiente externo e podem ter menos risco de transmissão de certas doenças.

Cão e gato brincando juntos

Além disso, o estilo de vida dos pets e as práticas de cuidados também desempenham um papel importante na transmissão de doenças. Por exemplo, animais de estimação que recebem cuidados veterinários regulares, são mantidos em ambientes limpos e saudáveis, têm uma dieta adequada e são desparasitados adequadamente têm menos probabilidade de transmitir doenças.

Confira doenças parasitárias que são transmitidas tanto por gatos quanto por cães que não estejam vermifugados e com acompanhamento veterinário em dia: 

Giardíase: Causada pelo protozoário Giardia, é transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos do parasita presentes nas fezes de cães e gatos.

Ancilostomíase (Larva migrans cutânea): Transmitida pelas larvas de alguns parasitas intestinais de cães e gatos, que penetram a pele humana em áreas contaminadas.

Dipilidiose: A dipilidiose é uma infecção parasitária causada pelo tênia Dipylidium caninum, comumente encontrada em cães e gatos. A transmissão ocorre principalmente pela ingestão de pulgas ou piolhos infectados pelo estágio larval da tênia. Os sintomas em animais geralmente são leves, mas o tratamento é essencial para evitar a reinfestação e a transmissão para humanos

Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliense: Outros tipos de ancilostomídeos presentes em cães e gatos que também podem causar larva migrans cutânea em seres humanos. 

Larva migrans visceral: Causada pela ingestão de ovos do verme Toxocara canis ou Toxocara cati, presentes nas fezes de cães e gatos.

Apenas uma doença parasitária é transmissível apenas por gatos, a taxoplasmose.Eles são os hospedeiros definitivos do parasita, o que significa que é neles que o Toxoplasma gondii completa seu ciclo reprodutivo. Ela é transmitida através da exposição a oocistos nas fezes de gatos infectados, ou pela ingestão de carne crua ou mal cozida contaminada. 

Assim como felinos possuem uma doença parasitária transmissível apenas por eles, os caninos também possuem. A Dirofilariose, também conhecida como "verme do coração" ou "verme pulmonar", é uma doença parasitária transmitida apenas por cães. Causada pelo parasita Dirofilaria immitis, a transmissão ocorre através da picada de mosquitos infectados, que atuam como vetores do parasita. Os vermes adultos vivem nos vasos sanguíneos do coração e dos pulmões dos cães, podendo causar graves problemas cardiovasculares e respiratórios. A doença pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada a tempo. A prevenção é fundamental, com o uso de medicamentos preventivos e o controle de mosquitos no ambiente, para proteger a saúde dos cães e evitar a disseminação do parasita.

Gatos e cães devem ser vermifugados a cada três meses ou de acordo com a orientação do médico veterinário do pet. 

É importante lembrar que o risco de transmissão de doenças de animais para seres humanos pode ser minimizado com medidas de prevenção, tais como:

-Levar regularmente os animais ao veterinário para exames e vacinações.
-Manter o ambiente limpo, especialmente em áreas onde os animais vivem.
-Controlar parasitas em cães e gatos, como pulgas e carrapatos.
-Evitar contato com fezes de animais desconhecidos ou doentes.
-Cozinhar completamente a carne antes de alimentar animais de estimação.

Veja também

Na Alemanha, Scholz pode buscar 2º mandato como chanceler após ministro descartar disputa
EUROPA

Na Alemanha, Scholz pode buscar 2º mandato como chanceler após ministro descartar disputa

Mães de Pernambuco abre mais 8.094 vagas para benefício mensal de R$ 300; saiba como receber
Pernambuco

Mães de Pernambuco abre mais 8.094 vagas para benefício mensal de R$ 300; saiba como receber

Newsletter