Hidratar o felino é fundamental para preservar a saúde dos rins; veja dicas
Gatos costumam ingerir pouca água, o que é prejudicial para o organismo
Você sabia que os gatos podem ser mais propensos ao desenvolvimento de problemas nos rins que os cães? Estudos indicam que um em cada três bichanos desenvolverá algum problema renal ao longo da vida.
E o aspecto que exige ainda mais atenção a isso é o fato de os gatos geralmente só apresentarem sintomas de algumas doenças quando elas já estão em estágios avançados.
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Com origem multifatorial e silenciosa, as patologias renais muitas vezes só são diagnosticadas quando os sinais clínicos são mais evidentes, com o animal apresentando sintomas como vômito e perda de peso.
Por isso, a prevenção através de exames de rotina é fundamental para que, caso o animal desenvolva alguma alteração, o diagnóstico seja feito cedo, aumentando as possibilidades para retardar a progressão da doença.
“O avanço da idade, doenças inflamatórias e até mesmo o estilo de vida do animal podem impactar o funcionamento adequado dos rins do pet”, explica a médica veterinária e gerente de Produtos da Avert Saúde Animal, Priscila Brabec.
Assim como para os humanos, os rins também têm papel fundamental na vida dos animais. Eles auxiliam no controle de substâncias como sódio, potássio, além de contribuir com o equilíbrio hormonal, ajudar na filtragem do sangue e na produção de urina, entre outras funções.
Hidratação é a maior aliada
Manter o felino hidratado é essencial para ajudar a proteger os rins, além de facilitar a distribuição adequada de nutrientes para todo o organismo, sendo essencial para a saúde geral do gato.
Como são naturalmente seletivos, os gatos precisam de estímulos para se manterem hidratados. Ter mais de um bebedouro pela casa é uma estratégia interessante para incentivar a ingestão do líquido, pois facilita o acesso.
Mas é importante que esses recipientes estejam sempre limpos e com água fresca. Caso contrário, o bichano não se sentirá atraído. Muitos preferem beber água em movimento. Para esses, os bebedouros do tipo fonte podem ser mais atrativos.
Para saber se o felino está bem hidratado, basta avaliar as mucosas da gengiva e dos olhos. Se estiverem ressecadas, é um sinal de alerta. Outro teste rápido é puxar a pele da nuca do animal para cima e soltar. Ela não deve demorar mais de três segundos para retornar.
Entre os sintomas que um felino desistrado pode apresentar estão, ainda, fadiga constante, apatia e respiração ofegante.
Alimentação úmida
Outra estratégia interessante é umedecer a alimentação do pet. Os sachês e patês apropriados para gatos contêm mais água na composição do que a ração seca. Como são bastante palatáveis, tendem a agradar a grande maioria dos felinos.
Com esses sachês, dá, ainda, para usar a criatividade. Nos dias mais quentes, é possível acrescentar um pouco de água ao conteúdo dos saquinhos e colocar em forminhas de gelo. Isso pode gerar distração e refresco para o pet.
Atividades
Manter o animal ativo é importantíssimo para a conservação da saúde. Você pode investir em opções para estimular o gato a brincar e explorar os ambientes, como o uso de brinquedos, prateleiras, arrasadores, túneis e outros itens que contribuem para o enriquecimento ambiental.
Nutrição
É importante que o gato tenha uma alimentação balanceada, com os nutrientes necessários para manter o bom funcionamento do organismo. Alguns suplementos podem ser bem-vindos em situações específicas.
Esses ajustes referentes à questão nutricional devem ser feitos sempre com orientação do médico veterinário que acompanha o felino.
“É importante ressaltar que não existe cura para a doença renal, por isso métodos preventivos e o acompanhamento do médico-veterinário são fundamentais”, destaca Priscila Brabec.