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Incidência de Leishmaniose em Pernambuco é maior no Agreste e Sertão

Vacina que protege da doença está suspensa desde maio deste ano 

Cão com coleira antiparasitária - Pexels

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), uma doença transmitida por meio da picada do mosquito-palha que atinge principalmente cães, tem as regiões Agreste e Sertão de Pernambuco como seus principais focos no Estado. Após a suspensão da vacina que protege contra a doença em maio deste ano, o tutor ficar atento a outras formas de prevenção para manter o pet seguro. 

Com sintomas que podem levar à morte, a enfermidade começa a apresentar seus sinais por meio de unhas grandes, magreza excessiva, feridas na orelha e cotovelos. O cachorro come, mas não engorda.

Sinais da Leishmaniose Visceral Canina
Sinais da Leishmaniose Visceral Canina 

Ao longo dos três últimos anos, foram diagnosticados 3.198, cães com LVC em Pernambuco, uma média de 1.066 animais diagnosticados por ano. A notificação de diagnósticos da doença é obrigatória no Estado.  

"Há indícios de que o período de maior transmissão da LVC ocorra durante e logo após a estação chuvosa, quando há um aumento da densidade populacional do inseto transmissor. Ela é conhecida comumente como doença própria de área de clima seco", explicou a médica-veterinária Danielle Rito, da Vet4All. 

A explicação da especialista vai ao encontro com os dados do Governo de Pernambuco, que identificam maior incidência da doença nas regiões Agreste e Sertão. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES), isso ocorre em virtude de uma melhor adaptação do inseto ao clima e ao solo nos locais. 

Segundo a veterinária, áreas urbanas e litorâneas não estão completamente livres da doença.

"Com a urbanização da LV, principalmente, nas periferias dos grandes centros urbanos, há áreas conhecidas de terra firme nas diferentes regiões e em faixas litorâneas do Nordeste. As transformações no ambiente, provocadas pelo intenso processo migratório, o processo de urbanização crescente, o esvaziamento rural e as secas periódicas acarretam a expansão das áreas endêmicas da doença e o aparecimento de novos focos", explicou Danielle Rito. 

Já que a vacina que protegia contra a doença foi suspensa, a melhor forma de manter o pet protegido, principalmente em locais de maior incidência da doença é o uso de coleiras com deltametrina a 4%, conhecidas como coleiras inseticidas. Elas são comumente usadas em pets que possuem alergias, mas em estações e áreas de maior incidência da Leishmaniose a indicação é que todo animal use. Apesar da doença não ser comum em gatos, eles também podem ser infectados. 

"A proteção é feita com uso de coleiras repelentes, que devem ser tiradas apenas na hora do banho", orientou a médica-veterinária. 

Os sintomas da LVC podem ser confundidos com os de outras doenças, por isso o diagnóstico deve ser feito por um médico-veterinário, que irá ofertar o tratamento adequado.

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