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Meu pet sofreu um acidente, e agora? Confira dicas de primeiros socorros para seu animalzinho

Medidas podem amenizar a dor e manter a segurança do pet no intervalo até o atendimento veterinário

Gato brincando em área de risco - Helena Jankovičová Kováčová / Pexels

Subir numa prateleira alta, morder uma planta ou ficar engasgado. Independente da espécie, raça ou idade, pets podem sofrer acidentes. 

Até os menos travessos, que não costumam exagerar nas corridas entre os cômodos, subidas desautorizadas em móveis e esbarrões em vasos ou mesas, vez ou outra acabam dando algum susto nos tutores.

Nesses casos, o tutor deve levar imediatamente o animal para o atendimento veterinário. Mas, por conta da demora para chegar ao serviço, o pet pode ter a situação agravada ou até sofrer com mais dores.

Para esses momentos, os primeiros socorros podem evitar o agravamento das situações e até mesmo salvar vidas. 

Atendimento veterinário
Atendimento veterinário - Andrea Rego Barros/PCR

É fundamental que os tutores conheçam e tenham o contato de um hospital 24 horas. Assim, saberão onde buscar ajuda caso o animal precise de cuidados emergenciais. Isso tornará a prestação do socorro mais ágil e ajudará o tutor a manter a calma.

Adicionalmente, a adoção de algumas medidas simples pode contribuir para amenizar a dor do pet e manter sua segurança no intervalo entre o acidente e o atendimento especializado.

Para orientar tutores a saberem como agir em casos de emergência, a médica-veterinária da Ceva Saúde Animal Marina Tiba listou como proceder nos mais diversos casos de acidentes domésticos.

Confira a lista de primeiros socorros para diversos tipos de acidentes com pets:

Irritação cutânea:
As alergias e dermatites de contato são problemas causados pela reação alérgica do pet ao contato com alguma substância alergênica. Os animais afetados costumam apresentar coceira, vermelhidão, bolhas vermelhas e falhas no pelo.

Nesse caso, é necessário identificar a substância que causou a reação cutânea no animal e não utilizar nenhum produto caseiro para resolver a situação. O tratamento deverá ser indicado pelo médico-veterinário, que poderá receitar medicamentos orais, pomadas ou outros tratamentos tópicos para reduzir o desconforto do pet.

Escoriações:
As escoriações, popularmente chamadas de “ralados”, são lesões simples na pele. Caso o animal sofra um pequeno arranhão, é indicado higienizar a área, lavando-a com água e um pouco de xampu neutro.

Se a lesão for maior ou o pet tiver dor na região, pode ser necessária a utilização de pomada antisséptica veterinária, que deverá ser indicada por um profissional. Em ambos os casos, é importante manter a área limpa e o ideal é que o pet utilize colar elizabetano para que não consiga lamber a ferida e permita a cicatrização.

Queimadura:
Em casos de queimaduras, a indicação é lavar a área afetada com água fria corrente por alguns minutos para resfriar e aliviar a dor local. É importante lembrar que não é recomendado utilizar pomadas ou receitas caseiras.

Apenas cubra a região com uma atadura ou pano limpo úmido e leve o animal para avaliação veterinária imediatamente.

Choque elétrico:
Caso o pet sofra um choque elétrico, a primeira medida é retirar o equipamento ou fio da tomada. É importante que o tutor tenha cuidado para não tocar no animal durante a descarga de energia, pois há possibilidade de condução da corrente elétrica e consequente choque.

Dependendo da intensidade da corrente elétrica, o animal pode sofrer graves queimaduras na boca ou patas, e até mesmo arritmia cardíaca. Portanto, é fundamental levá-lo imediatamente ao atendimento veterinário mais próximo.

Lesões com sangramento:
Lesões hemorrágicas são aquelas com sangramento ativo, causadas por mordidas, cortes ou perfurações. Nesses casos, é importante conter o sangramento pressionando a região com gaze ou um pano limpo enquanto conduz o animal até o atendimento.

Ressalta-se que, caso haja algum objeto causando o sangramento, o tutor jamais deve tentar retirá-lo, pois isso poderá agravar ainda mais o quadro hemorrágico.

Fraturas:
Comumente causadas por quedas ou atropelamentos, as fraturas podem ser internas (sem rompimento da pele) ou externas (com os ossos expostos).

Cachorro com pata imobilizada após acidenteCachorro com pata imobilizada - Ahmed Hamed / Pexels

Se o animal sofrer uma fratura interna, o tutor pode tentar imobilizar a região para evitar maiores danos durante o trajeto até o atendimento veterinário.

Para isso, ele poderá usar gaze, atadura, esparadrapo e um objeto reto mais rígido como papelão para dar suporte.

Em caso de fratura externa, apenas cubra a região com uma atadura ou pano limpo. Em ambos os casos, é crucial procurar socorro imediato.

Picada de animal peçonhento:
Se possível, o tutor deve identificar o animal peçonhento que picou o pet, o que auxiliará no atendimento veterinário.

É importante não mexer no local da picada nem tentar remover o veneno com cortes ou perfurações. O pet deve ser levado imediatamente à clínica mais próxima para receber o tratamento adequado.

Em muitos casos, o tutor pode não estar presente quando o animal é picado. Nesse cenário, é essencial estar atento a sintomas que indiquem contato com um animal peçonhento, como inchaço ou sangramento no local da picada, narinas ou gengivas, vômito, fraqueza, dificuldade respiratória, entre outros.

A gravidade do quadro dependerá do tipo de agressor, região afetada pelo veneno, quantidade e reação do organismo do animal. Portanto, se notar qualquer alteração no comportamento do pet, o tutor deve buscar ajuda com urgência.

Intoxicação por ingestão oral:
O primeiro passo é identificar a causa da intoxicação, seja produto, alimento ou planta, além da quantidade ingerida e há quanto tempo o pet está apresentando sintomas. Essas informações são essenciais para o atendimento veterinário.

Se o tutor tiver carvão ativado em casa, pode administrá-lo ao pet seguindo as orientações do fabricante, pois reduz a absorção da toxina pelo organismo.

Não se deve forçar o vômito do animal, pois isso pode agravar o quadro ou causar lesões no estômago e esôfago.

O pet deverá ser levado imediatamente ao veterinário, idealmente com informações sobre o que causou a intoxicação.

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