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Nem tão melhor amigo do homem assim: cães prestam mais atenção em vozes femininas

A descoberta foi publicada na revista científica Nature

Cãozinho e mulher - Oleksandr P / Pexels

O cérebro dos cães tende a prestar mais atenção a falas verbalizadas por mulheres do que a por homens. Foi o que descobriram pesquisadores Centro de Pesquisa em Ciências Naturais da Hungria. De acordo com o estudo, publicado na revista científica Nature, a particularidade pode ser vinculada à mudança no tom de voz quando mulheres se referem aos animais. Homens não costumam direcionar "vozes específicas" para falar com seus cães tanto quanto mulheres.

Mulher falando com cachorro

A equipe de pesquisa da Hungria utilizou a leitura das ondas cerebrais de cães de família através da técnica de ressonância magnética funcional (fMRI) não invasiva. Durante os testes, os animais ouviram gravações de realizadas por 12 mulheres e 12 homens com diferentes maneiras de falar, dirigidas a cachorros, crianças e adultos. 

"O aumento da sensibilidade do cérebro dos cães à fala especificamente de mulheres pode ser devido ao fato das mulheres falarem com mais frequência com cães por meio de uma prosódia [entonação] mais exagerada do que os homens", explica a especialista em Comportamento Animal, Anna Gábor, co-autora do estudo, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail.

Anteriormente, o Folha Pet publicou uma pesquisa sobre felinos ignorarem seus tutores de propósito. No texto havia a informação que os gatos conseguem compreender o motivo do chamado de seus tutores pelo tom de voz. No entanto, ainda não existiam estudos confirmando se o cérebro dos cachorros também apresentava também esse tipo de atenção.

"Estudar como os cérebros dos cães processam a fala dirigida por cães é emocionante porque pode nos ajudar a entender como a prosódia exagerada contribui para o processamento eficiente da fala em uma espécie não humana habilidosa em confiar em diferentes sinais de fala (por exemplo, seguir comandos verbais)", confirmou Anna Gergely, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Ciências Naturais da Hungria.

De acordo com a pesquisadora, os resultados podem demonstrar uma preferência neural desenvolvida pelos cães durante a domesticação.

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