Número de pets será quase o dobro que o de crianças na China até 2030
O relatório é da Goldman Sachs, que usou dados do National Bureau of Statistics
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Até 2030 ,a população de pets na China chegará a quase o dobro da população de crianças de até quatro anos de idade.
A previsão foi feita por um relatório da Goldman Sachs, que usou dados do National Bureau of Statistics para chegar à conclusão.
"Esperamos ver um impulso mais forte na posse de animais de estimação em meio a uma perspectiva de taxa de natalidade relativamente mais fraca e maior penetração de pets nas famílias entre a geração mais jovem", explicou Valerie Zhou, analista de ações do Goldman Sachs.
Esses números representam uma mudança social com relação à formação de famílias que acompanha a tendência mundial à individualidade no modelo social atual.
Ter sucesso no trabalho e/ou até conseguir trabalhar nem sempre funciona quando se tem filhos, principalmente para mulheres.
Pessoas com idade entre 23 e 33 anos representam quase metade dos donos de animais de estimação na China, segundo o Relatório Técnico da Indústria de Animais de Estimação do país em 2023.
Esses tutores, que outrora, digamos que 10 ou 20 anos atrás, seriam pais, estão optando cada vez menos pela hereditariedade.
Números
O número de animais de estimação do país deve atingir mais de 70 milhões até o final da década, enquanto o número de crianças de quatro anos ou menos cairá para menos de 40 milhões, de acordo com uma pesquisa do Goldman Sachs.
Em 2017, a situação era exatamente o oposto — havia 90 milhões de crianças com quatro anos ou menos, em comparação com a população urbana de animais de estimação de cerca de 40 milhões.
A projeção é que os novos nascimentos no país caiam a uma taxa média de 4,2% até 2030, em grande parte devido ao declínio da população de mulheres entre 20 e 35 anos e à menor propensão da geração mais jovem a ter filhos, afirma o relatório.
Espera-se que o mercado de alimentos para animais de estimação do país cresça para uma indústria de 12 bilhões até 2030.
O relatório também prevê que a posse de gatos na China ultrapassará a de cães, já que os primeiros tendem a exigir menos espaço para serem criados.