Pet para crianças? Saiba quais os benefícios de ter um animalzinho ainda na infância
Junto com a noção de responsabilidade, ter um animal ajuda no fortalecimento da imunidade
O pedido por um cãozinho ou gatinho chegou aí para o Dia das Crianças? Diversos pequenos esperam por um dia mais festivo, como a data, para apelar pela presença de um animalzinho em sua vida. Desde que pensada e medida com responsabilidade também com o animal, a aquisição de um pet é comprovadamente positiva para o desenvolvimento de crianças.
Para presentear uma criança com um pet, é preciso que seus pais ou responsáveis meçam todos os prós e contras da ação, pois o abandono de animais após o arrependimento por decisões mal pensadas é crime.
Com todas as responsabilidades devidas e medidas, é preciso também identificar qual animalzinho seria melhor adaptado à realidade da família que vai recebê-lo. Para cães, os cachorros grandes se adaptam melhor a grandes espaços e filhotes tendem a dar um pouco mais de trabalho com a higiene. Já gatinhos são mais autônomos e podem fugir de brincadeiras pesadas, os filhotes são sempre mais dispostos a gastar muita energia brincando. Durante as primeiras interações com a criança, é preciso que um adulto esteja presente para fiscalizar a brincadeira e impedir que a criança ou o pet se machuquem por falta de compreensão entre os dois.
Desenvolvimento
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), ter um animal de estimação ajuda no desenvolvimento cerebral da criança.
"A neurociência explica que quanto mais estímulos ao cérebro, mais conexões neurológicas se formam. A espontaneidade na relação das crianças com os animais faz com que os pequenos tentem várias vezes a realização da mesma atividade com o animal, aperfeiçoando suas habilidades motoras e executando atividade física", explica a cartilha sobre animais domésticos da SBP.
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Imunidade
Além do desenvolvimento cerebral, a presença de animais durante a infância de crianças fortalece o sistema imunológico. Crianças que são expostas ao convívio com animais possuem menor risco de ter asma ou dermatite atópica, doenças comum nos pequenos. Acontece que, ao ser exposta diariamente aos pelos ou até areia que o animal traz para dentro de casa após as brincadeiras, a criança desenvolve uma proteção natural contra agentes externos similares.
Empatia
Interagindo com o animal, que não se expressa da mesma forma que humanos, as crianças aprendem, por meio de leitura corporal, a ter empatia. Ter um companheiro para as atividades cotidianas faz com que a criança aprenda sobre as necessidades do outro, pois nem sempre o animalzinho estará disponível ou apto para fazer o que a criança desejar. Em outros momentos, o animal pode precisar de ajuda para se alimentar, para beber água ou para realizar suas necessidades. Compreender, aceitar e ajudar o tempo de disponibilidade do outro é um dos maiores exercícios de empatia.
Exercícios Físicos
Passear e brincar com um pet é uma ótima atividade para crianças. Quanto mais envolvida com o animal a criança for, maior a chance de ela ser ativa e passar menos tempo em atividades sedentárias, como ficar no celular, videogame ou televisão. Uma pesquisa da Universidade St. George, em Londres, no Reino Unido, identificou que crianças com cachorros têm, em média, 5 horas de atividades físicas por dia.
Controle da agressividade
Brincar com seu pet de estimação é capaz de liberar o hormônio do amor, a ocitocina. Ela é capaz de agir como calmante natural do corpo, elevando o estado de bem-estar. A estabilidade adquirida com a ocitocina ajuda a combater impulsos de agressividade.
O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) já publicou um estudo mostrando que ter um animal em casa pode diminuir o risco de ansiedade infantil.