Quem tem mais autoestima: tutores de cães ou de gatos? Saiba o que pesquisa revela

A pesquisa foi aplicada para indivíduos acima de 40 anos que residem na Alemanha 

Pesquisa identifica maior autoestima em tutores de cães - Pexels

Uma pesquisa publicada pela revista científica Frontiers avaliou a autoestima de pessoas acima de 40 anos que convivem com animais de estimação.

O questionário da pesquisa foi aplicado para indivíduos residentes na Alemanha. Apenas tutores de cães, de gatos ou de nenhum animal foram avaliados. Mais de 75% da amostra de pessoas entrevistadas não possuem animais de estimação

Para chegar ao resultado, os entrevistados foram questionados sobre sua autoestima no aspecto geral, e suas respostas foram comparadas. Era preciso dar uma nota de 1 a 4, com o 1 sendo a completa concordância para frases como  “Sinto que tenho uma série de boas qualidades”, “Sinto que não tenho muito do que me orgulhar”, “Às vezes penso que não sou nada bom”. 

PesquisaPesquisa

 

Em sua conclusão, o estudo apontou para uma escala de autoestima na qual o tutor de cão é o mais feliz com relação a pessoas sem animais. Já tutores de gatos são menos felizes com relação a pessoas sem pets. 

Foi avaliado ainda que uma diminuição significativa da autoestima está associada a um número crescente de doenças crônicas, à diminuição da autoavaliação da saúde e a um baixo poder aquisitivo.

Uma das teorias consideradas pelos pesquisadores se baseia nas atividades que tutores e seus cães realizam juntos, principalmente as pessoas idosas. Sair de casa, com frequência, para passear com o cachorro as torna mais ativas, e a atividade física causa a sensação de bem-estar. 

A pesquisa, de modo geral, refere-se apenas à autoestima. Não há relação direta entre ter um pet e ser feliz. Por isso, os pesquisadores indicaram que é possível uma ser uma pessoa de elevada autoestima que cuida de cães, e não os pets que as tornam mais seguras. 

Há evidências de que a convivência com um animal de estimação pode aumentar a autoestima de pré-adolescentes e adultos jovens (entre 19 e 21 anos).

"De um modo mais geral, os animais de estimação podem desempenhar um papel significativo na vida das pessoas. Eles podem ser uma fonte adicional de apoio social, companhia e  integração na família", relatou o estudo. 

Recorte

Cachorro ganhando abraço da tutora
50,01% de proprietários de cães eram mulheres

Na amostra total, a média de idade foi de 65,4 anos e 50,7% eram do sexo feminino. Dos cuidadores de gatos, 57,3% eram mulheres. 50,1% dos de cães eram mulheres e 49,5% dos sem pets eram mulheres.

Entre todas as mulheres no conjunto de dados, 16,0% possuíam gatos, 9,2% possuíam cães e 74,7% não possuíam animais de estimação. Entre todos os homens, 12,3% possuíam gatos, 9,5% possuíam cães e 78,3% não possuíam animais de estimação. 

Para a amostra total, os tutores de gatos tinham autoestima ligeiramente mais baixa do que indivíduos sem animais de estimação, enquanto os de cães tinham autoestima estatisticamente significativamente mais alta do que indivíduos sem animais de estimação.

Gênero

Os resultados do estudo mostraram uma ligação entre conviver com um gato e menor autoestima, principalmente no caso de mulheres. Elas tiveram uma diminuição significativa da autoestima quando comparadas as que não possuem animais. 

Em contrapartida, homens que possuem cachorros são os indivíduos com mais alta autoestima do estudo. Os donos de cães do sexo masculino tiveram uma autoestima significativamente aumentada em comparação aos não-tutores.

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