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Raiva: doença com quase 100% de letalidade é uma zoonose transmitida via saliva 

Nesta quarta-feira (28), é comemorado o Dia Mundial Contra a Raiva

Cachorro recebendo imunização antirrábica - Marcos Pastich / PCR

A raiva é uma das doenças mais perigosas do mundo, sendo considerada aproximadamente 100% letal pelo Ministério da Saúde do Brasil. O tempo entre o aparecimento de sintomas e a morte de uma pessoa ou animal com raiva é de aproximadamente uma semana. Nesta quarta-feira (28), Dia Mundial Contra a Raiva, o Folha Pet compilou as principais informações sobre a doença. Segue o fio: 

A DOENÇA 
Raiva é uma zoonose, o que significa que ela é trasmitida via vírus (do gênero Lyssavirus, família Rabhdoviridae) que passa dos animais para o ser humano e vice-versa. Ela atinge o sistema nervoso central e, de lá, se dissemina para vários órgãos e glândulas salivares. Por ter uma evolução rápida, a raiva pode levar ao óbito ao tempo de uma semana. 

TRANSMISSÃO
Sua transmissão se dá por meio da saliva do infectado para o organismo de outro animal, principalmente por meio de mordidas e, mais raramente, por arranhões ou lambidas. 

A transmissão da raiva se dá em três ciclos: 
- Urbano: representado, principalmente, por cães e gatos;
- Rural: representado por animais de produção, como: bovinos, eqüinos, suínos, caprinos;
- Silvestre: representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos.

O período de incubação do vírus -tempo entre o contágio e o aparecimento dos primeiros sintomas- pode variar de dias a anos entre as espécies. Em cães, a raiva tem um período de 15 dias a 2 meses de encubação. Em gatos, a raiva pode se manifestar a partir da primeira semana até dois meses. Para humanos, a média de tempo para encubação da raiva é de 45 dias, podendo ser mais curto em crianças.

SINTOMAS
Em animais: 
– Dificuldade para engolir;
– Salivação abundante;
– Mudança de comportamento: alteração dos horários, tipo de latido ou miado e até tendência ao isolamento;
– Mudança de hábitos alimentares;
– Paralisia das patas traseiras.

Em humanos: 
-Transformação de caráter;
-Inquietude;
-Perturbação do sono;
-Sonhos tenebrosos;
-Sensibilidade no local do contágio. 

Após 2 a 4 dias, a pessoa tende a apresentar outros sintomas, tais como: 
-Alucinações;
-Febre;
-Medo de correntes de ar ou água;
-Crises convulsivas. 

PREVENÇÃO
Após a exposição ao vírus, ainda sem apresentar sintomas, é necessessário buscar imediatamente o serviço de saúde de sua cidade que faz a profilaxia da doença. O profissional da saúde vai avaliar se há necessidade de vacina e/ou soro para prevenir que a raiva se manifeste. 

Após a mordida de um animal, a pessoa deve, também, manter o animal sob observação para a confirmação ou não da doença.

Por ser um problema de saúde pública, a suspeita de um animal com a doença deve ser informada com urgência ao município para que as medidas de isolamento e observação do animal sejam tomadas para averiguar a presença do vírus. 

VACINA
A vacinação de animais contra a raiva consegue conter a disseminação do vírus. O imunizante deve ser aplicado anualmente. 

TRATAMENTO
Após o início dos sintomas, o tratamento consiste em indução ao coma profundo, uso de antivirais e reposição de enzimas.  

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