Rato, hamster, chinchila, porquinho-da-índia, twister e gerbil: como cuidar de um pequeno roedor?
Os “ratinhos domésticos”, como são popularmente chamados, ganham cada vez mais espaço nos lares
Leia Também
• Outubro Rosa: vamos falar sobre a prevenção do câncer em pets?
• Projeto define como fica a guarda de pets em caso de divórcio; saiba o que muda
Pets são aqueles animais que podem ser criados fora do ambiente silvestre e em convivência com humanos. Algumas espécies de roedores - como hamster, chinchila, porquinho-da-índia, twister e gerbil - fazem parte do nicho de pequenos mamíferos considerados animais de estimação.
Os “ratinhos domésticos”, como são popularmente chamados, ganham cada vez mais espaço nos lares brasileiros por serem facilmente adaptáveis a ambientes domésticos e apresentarem comportamento amável com humanos.
Melyssa Medeiros, assessora administrativa, é tutora de duas porquinhas-da-índia há três meses. Chamadas Giovana e Bruna, as porquinhas-da-índia foram escolhidas após uma busca sobre animais pequenos que poderiam ser criados dentro de casa.
“Escolhemos essa espécie por buscar um animal de pequeno porte, mas que também interagisse, já que as adotamos para meu filho de 10 anos”, contou Melyssa.
Apesar de ser uma escolha de pet para o filho, Melyssa revelou que as porquinhas passam mais tempo com ela e com o esposo.
Roedores são mais independentes que outros pets, principalmente em comparação com cachorros. Por mais que sejam amorosos e gostem de brincar, eles cuidam das próprias necessidades sozinhos.
“Elas não têm interação no mesmo nível de gatos e cães. Nem dá para comparar, mas é gostoso ficar quietinha dando carinho ou apenas as observando explorar o ambiente. Não é animal para ficar agarrado ou correndo…Recomendo ter, mas não recomendo para pessoas hiperativas ou que querem ter troca constante com o animal. A intenção foi dar ao meu filho, mas elas são mais nossas (pais) do que dele se considerar o nível de interação”, relatou.
Assim como a maioria dos animais, roedores adoram a companhia de outros de sua espécie e são acostumados a viver em grupo. Por isso, é aconselhável ter mais de um, como no caso de Melyssa. Sozinho, o animal pode apresentar falta de apetite, estresse e adoecer por conta da solidão.
Cuidados
Segundo a veterinária Natália Costa (@nataliacostaveterinaria), as principais diferenças na criação de roedores quando comparados com cães e gatos estão ligadas à alimentação e ao espaço.
“São animais que não costumam viver dentro de casa, então eles precisam de um recinto ou de uma gaiola. Além disso, tem um manejo tanto ambiental quanto alimentar diferente. Por exemplo, algumas espécies de roedores, como um porquinho-da-índia e chinchila, precisam de uma alimentação além de ração, feno ou capim todo dia. Eles também precisam de algumas verduras como petisco para complementar a alimentação”, explicou.
.
Com relação ao espaço, por mais que a gaiola ou cercado sejam espaçosos (e devem ser, pois a mobilidade do pet é crucial para sua saúde), o tutor pode tirar o animal para dar mais liberdade e interação. Nesse caso, é preciso estar sempre de olho no amiguinho para garantir sua segurança.
Cuidado com os cabos elétricos, porque eles podem roê-los. Da mesma forma, certifique-se de que não haja buracos ou espaços atrás da mobília onde eles possam se esconder, fugir ou ficar presos.
Os roedores são animais muito limpos, então a higiene da área deve ser feita diariamente.
A história de que ratos são sujos é um mito, pois eles passam a maioria do tempo se limpando e ficam estressados em ambientes com muita sujeira. O ideal é que o tutor deixe sempre a gaiola o mais limpa possível, com verificação do estado uma vez ao dia ou quando vislumbrar a necessidade.
]Com relação à saúde, a regularidade de idas ao veterinário é tão necessária quanto para qualquer outro animal.
“Por serem animais de vida curta, recomendamos a ida ao veterinário a cada seis meses para ratos, porquinhos-da-índia e outros roedores”, explicou a veterinária.
Vermifugação e qualquer tipo de imunização do pet deve ser feita apenas sob recomendação veterinária, pois o medicamento sem necessidade pode ser prejudicial para o animal.
“Se o animal fizer um exame em que for constatado algum tipo de verme, ele vai tomar remédio para o verme que tiver, para o parasita tiver. Se o exame der negativo, não há necessidade de nenhum tipo de medicamento. A gente sempre recomenda fazer o exame em vez de estar vermifugando o animal de seis em seis meses ou anualmente, porque o vermífugo não previne doenças como a vacina. O vermífugo trata o seu animal naquele momento que você está dando o remédio”, explicou a veterinária.