Saiba como os pets contraem raiva e como a doença age no organismo deles

Extremamente letal, zoonose afeta o sistema nervoso central dos animais

Vacinação antirrábica deve ser feita a partir dos quatro meses, com doses anuais de reforço - Pexels

Todo os anos, os municípios realizam campanhas para imunização de cães e gatos contra a raiva, doença infecciosa viral aguda que acomete os mamíferos, inclusive o homem. Essa zoonose é causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

Mas, você já parou para se informar como os pets contraem a raiva? O contágio direto acontece por três vias: troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida, sendo a última a via mais comum de infecção.  

Além disso, a doença também pode ser transmitida de forma indireta, ou seja, o pet pode ser contaminado ao lamber ou morder um objeto que teve contato com um animal com raiva.  Caso tenha um ferimento na pele e haja contato dessa área com secreções contaminadas, o animal também pode se infectar.  Os principais transmissores da doença são morcegos, guaxinins, gambás e macacos, que contaminam os pets de forma acidental.

No organismo
O vírus age primeiro no sistema periférico de cães e gatos, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. 

“A doença age no sistema nervoso central e evolui de forma progressiva, dessa forma, o animal contaminado perde o domínio da sua capacidade física e psíquica se tornando, irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos”, explica a médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da multinacional Ceva Saúde Animal, Fernanda Ambrosino.

A salivação excessiva, um dos traços mais conhecidos da raiva, é apenas o primeiro sinal apresentado pelos cães, que manifestam os sintomas da doença de três a seis semanas após o contágio. Após o início da sintomatologia, a evolução da doença se divide em duas etapas: raiva furiosa e raiva paralítica.

“Nos primeiros dias, os animais apresentam mudanças repentinas no comportamento, como medo, ansiedade, excitação ou depressão. Outra característica é que os animais se tornam agressivos e apresentam alterações nos reflexos. Essa fase dura em média quatro dias, após esse período, os sintomas neurológicos se acentuam. O cão pode apresentar dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta de coordenação nos membros e paralisia. É nessa fase que a salivação excessiva começa”, detalha Fernanda.

Vacinação de gatoFoto: Pexels 


A raiva não tem cura e não existe tratamento para enfermidade, sendo dessa forma, fatal para os animais e seres humanos afetados. Ao suspeitar que o animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente. Vacina é vida

A prevenção é fundamental para manter cães e gatos protegidos. Por isso, realizar a vacinação contra a raiva é extremamente importante. No caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida.

“É importante reforçar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção contra doenças indispensável na vida dos pets. Os tutores devem realizar a revacinação anual contra raiva e seguir o calendário de imunização estabelecido pelo médico-veterinário. Atrasar ou não realizar a imunização do pet o deixará vulnerável para o contágio pelo vírus da raiva e por outros agentes”, finaliza Fernanda.

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