Saiba quais são as doenças gastrointestinais mais comuns em pets

Assim como nos humanos, indisposição e distúrbios no sistema digestório de cães e gatos são comuns

Cachorro em atendimento veterinário - Edjane Madza

Indisposição e distúrbios no sistema digestório de cães e gatos são comuns, diversos e mais frequentes do que se imagina. Mudanças de hábitos, falta de apetite, vômitos, diarreia e perda de peso são alguns dos sinais que devem colocar os tutores em alerta. O grande desafio, porém, é identificar rapidamente as causas e a gravidade dos sinais clínicos para evitar a piora do quadro. Buscar atendimento médico veterinário e conhecer bem o comportamento e os hábitos do pet são fatores fundamentais para identificar doenças precocemente, sobretudo as gastrointestinais que, muitas vezes, podem ser confundidas com uma indisposição passageira.

"As observações do tutor vão colaborar muito para o diagnóstico do veterinário. A ingestão de algum alimento não recomendado ou comida em excesso podem ser as causas de uma indisposição ou obstrução, por exemplo. Mudanças de hábitos, como a forma de se deitar, evitar brincar ou se movimentar e apetite reduzido, podem ser sinais de dor", informou a médica veterinária Farah de Andrade, da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET.

 

Confira as doenças gastrointestinais mais frequentes em pets: 

Gastrite
Dor e rigidez abdominal, salivação excessiva, fraqueza, falta de apetite, náuseas e vômitos (com ou sem sangue) são alguns dos sinais clínicos de gastrite (inflamação da mucosa do estômago), geralmente causada por infecções bacterianas ou por parasitas; doenças renais, hepáticas, virais ou hormonais; alergias ou intolerância alimentar; estresse; ingestão de produtos tóxicos ou objetos e, até mesmo, tratamentos medicamentosos.

Gastroenterite
A gastroenterite é uma inflamação de todo o aparelho digestivo e com causas diversas, mas que também provoca vômitos, além de diarreia, inapetência e letargia.

Pancreatite
A pancreatite é uma inflamação grave no pâncreas, órgão que produz as substâncias responsáveis pela digestão, com sintomas como dor abdominal, diarreia, abdômen enrijecido, falta de apetite, desidratação, fraqueza e febre. A pancreatite aguda pode ter desenvolvimento rápido, causar necrose tecidual e levar a óbito, se não tratada a tempo.

Pancreatite Crônica
É uma inflamação contínua e progressiva, que causa danos permanentes e perda de função do órgão. Distúrbios do fígado, ducto biliar ou pâncreas podem provocar colestase, redução ou interrupção da bile (líquido digestivo produzido pelo fígado). Os principais sinais são pele e esclera (parte branca dos olhos) amareladas por impregnação de bilirrubina, urina escura ou alaranjada (bilirrubina) e fezes claras e fétidas.

Doença Inflamatória Intestinal
A doença inflamatória intestinal é uma inflamação nas mucosas gastrointestinais, que causa diarreia e vômitos intermitentes ou que persistem por mais de três semanas. A causa é desconhecida, mas estudos sugerem que seja consequência de uma alteração na resposta inflamatória e imune do animal, que interfere na absorção de nutrientes e na motilidade intestinal. Vômitos e diarreia também são alterações causadas pela disbiose intestinal, condição na qual ocorre um desequilíbrio da microbiota do pet e uma hiper população de microrganismos ruins, que pode predispor a translocação bacteriana para outros órgãos do animal, gerando infecções. Fezes líquidas, em menor volume e mais frequentes, com ou sem muco e sangue, são os principais sinais de colite canina, inflamação no cólon, parte principal do intestino grosso.

Verminoses ou doenças parasitárias
Muito comuns, mas não menos importantes são as verminoses ou doenças parasitárias causadas por vermes e protozoários que se alojam no organismo do pet, principalmente no intestino, mas também podem se abrigar no fígado, nos pulmões e no cérebro. Se não tratadas adequadamente, colocam a vida do pet em risco. São facilmente transmitidas por meio de água, fezes e alimentos contaminados; contato com a pele do pet; picadas de insetos; transmitidas da mãe ao filhote, durante a gestação e o aleitamento; e pela ingestão de pulgas contaminadas ou de animais como lagartixas, pássaros e roedores.

Prevenção e tratamento

Gato comendo sachê de comida úmida

A alimentação adequada é o ponto mais importante para a saúde gastrointestinal do pet. Muitas vezes o problema é causado pela quantidade de alimento, petiscos oferecidos, tipo de proteína presente ou pelo preparo inadequado do alimento.

"O médico veterinário é quem irá indicar as melhores opções e a quantidade de alimento, conforme a idade, o porte e as condições clínicas. Tanto a alimentação natural quanto as rações industrializadas precisam ser ofertadas conforme a particularidade de cada animal. Pets com alergias ou determinadas doenças podem precisar de uma alimentação ainda mais específica", comentou a veterinária.

Oferecer água filtrada; manter o ambiente e caixas de areia sempre limpos; higienizar o cão no retorno do passeio; evitar acesso ao lixo, a alimentos gordurosos, a plantas tóxicas, a produtos de limpeza e a brinquedos e objetos que possam ser ingeridos são cuidados que devem ser mantidos no dia a dia como forma de prevenção.

Quanto antes uma doença gastrointestinal for diagnosticada, melhores são os resultados. Por isso, a importância de consultar o médico veterinário nos primeiros sinais apresentados pelo animal e seguir à risca a indicação médica.

“O tutor nunca deve medicar o pet sem a indicação do veterinário. Pensar que pode ser apenas uma indisposição passageira e medicar o animal pode camuflar os sinais clínicos e tardar o diagnóstico. Administre apenas o que o veterinário sugerir, pois muitos fármacos que funcionam para nós podem ser tóxicos para os animais, e a dosagem é sempre bem específica”, alertou Farah.

A adesão do animal ao tratamento também faz a diferença. Por isso, medicamentos veterinários manipulados flavorizados e em formas farmacêuticas que facilitam a administração vêm ganhando cada vez mais adeptos. 

“Probióticos, prebióticos, vermífugos e ativos como o omeprazol, a bromoprida, o ácido ursodesoxicólico, a silimarina e o SAMe, por exemplo, podem ser manipulados em forma de biscoito, calda, pasta oral ou molho com sabores como queijo, leite condensado e banana, tornando o tratamento mais agradável para o pet, que já está indisposto e com o apetite alterado”, comentou a veterinária.

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