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Ser ativista exige responsabilidade e muita dedicação

Milhares de animais vivem em situação de vulnerabilidade nas ruas. - Pixabay

Parafraseando o que disse a raposa ao Pequeno Príncipe, tu te tornas eternamente responsável pelo animal que resgatas. Antes de tirar um animal da rua, é importante saber que o resgate é só o início de um processo.

"Se eu pego um animal hoje, ele vai passar por tratamento, precisar de um lar temporário e uma campanha para adoção. Não adianta tirar da rua e depois colocar em qualquer lugar”, enfatiza o ativista Douglas Brito, que está há mais de uma década atuando na causa animal. 

Nessa longa jornada, tem ajudado a salvar muitas vidas, mas também convive com perdas dolorosas. Por isso, defende que terapia é fundamental para quem vive esse universo de forma tão intensa.

Às vezes precisa desligar o telefone para dormir, pois os pedidos de ajuda não têm dia ou hora. “Tem vezes que não tenho mais condições físicas, emocionais e, muito menos, financeiras, mas se o caso mexe comigo, não consigo deixar", diz. 

Recompensa
O ânimo se renova a cada “final feliz”, como aconteceu com Zeus, resgatado por Douglas em abril, no Ibura, desnutrido e sem movimentos (relembre o caso).

Na última quinta-feira, Zeus voltou para o Ibura, mas agora como integrante da família do supervisor de marketing José Neto, que conheceu a história do canino nas redes sociais e o adotou. 

Douglas, Zeus e José Neto. Foto: Reprodução/Instagram

Ajuda virtual
As redes sociais, por sinal, têm sido grandes aliadas de protetores, ONGs e associações, por permitir que um maior número de pessoas conheça as histórias dos animais resgatados que estão à espera de uma família pra chamar de sua.

Também pelas redes sociais, fica mais fácil mostrar o trabalho realizado. E, ao passar seriedade nas ações, aumentam as chances de angariar doações. 

Esse suporte que vem da sociedade civil é o que dá condições para os protetores atuarem, visto que questão financeira é o principal obstáculo. Quase todos têm clínicas e médicos veterinários parceiros, mas ainda assim, as contas não fecham.

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Internamentos, procedimentos, exames, medicações, produtos de higiene, materiais de limpeza. A lista é extensa. E os ativistas que não têm estrutura física para abrigar os resgatados até que sejam adotados ainda precisam custear lares temporários. 

"As pessoas estão acostumadas ao imediatismo. Quando você posta um caso, recebe um montante, mas é preciso dar continuidade ao tratamento. Aí quando você coloca uma atualização do mesmo caso e pede novamente ajuda, já não tem o mesmo apelo”, explica Douglas, citando o caso de Joe, resgatado com lesões gravíssimas na face. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“Conseguimos cobrir um gasto imediato de R$ 3 mil, mas temos R$ 1,5 mil de internação em aberto, fora a cirurgia de reconstrução que ele precisa fazer, que custa R$ 2 mil."
 

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