Um cachorro e um falcão são as novas contratações do Aeroporto de Brasília; entenda o motivo
Zeca é um cãozinho da raça Border Collie de 4 anos, e Tupã é um gavião-asa-de-telha de 9 anos
O Aeroporto de Brasília anunciou duas novas contratações para sua equipe de trabalho: um cãozinho, o Zeca, e um falcão, o Tupã. Eles irão trabalhar na Equipe de Fauna do equipamento, ajudando a afugentar pássaros e outros animais invasores das áreas próximas às pistas de pousos e decolagens do terminal.
De acordo com a Inframerica, empresa que administra o aeroporto, Zeca e Tupã foram treinados para ajudar a “equipe humana” no trabalho diário para assegurar a segurança das operações aéreas do aeroporto. Zeca é um cãozinho da raça Border Collie de 4 anos, e Tupã é um gavião-asa-de-telha de 9 anos.
“O Zeca é um cachorrinho extremamente obediente, educado, de linhagem indicada para a prática da atividade por aprender comandos complexos”, explica Anelize Scavassa, bióloga líder de Fauna, responsável pelo cão.
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O cãozinho foi submetido a testes, afugentando as aves que pousavam na área operacional no Aeroporto de Brasília, onde seu desempenho e adaptação ao trabalho foram observados de perto.
"O Tupã (gavião) foi treinado e exercitado para a tarefa. Trabalho para que ele esteja no peso ideal para apenas afugentar as aves, não capturar. Os dois serão de grande ajuda no nosso trabalho no aeroporto. A escolha do uso de dois predadores para o afugentamento das aves é muito promissora. As aves, com o tempo, se acostumam a ações corriqueiras de afugentamento tradicionais como viatura, buzina, sirenes, etc. Já os predadores naturais causam medo inato nas aves, que não se acostumam com a presença dos animais e começam a evitá-lo pelo risco aparente de predação.”, contou a especialista.
Se aves e outros animais adentram no sítio aeroportuário, o risco de acidentes com as aeronaves é maior. Por isso, uma equipe de gerenciamento de risco da fauna faz o trabalho de manejar ou afugentar animais que adentram ao ambiente. Os animais que são capturados são soltos na natureza, em área distante do Aeroporto de Brasília.
Com treinamento adequado, a ação de cães e gaviões para afugentar animais que adentrem no espaço aeroportuário já é usada em outros aeroportos ao redor do mundo e até no Brasil.
Segundo Anelize, os animais vão auxiliar as operações do Aeroporto de Brasília. “O Zeca já é um cão completamente treinado, obedecendo de imediato todos os comandos. Após muitos testes com as pistas fechadas, agora conseguimos trabalhar com eles nas margens das pistas de pousos e decolagens e, só com os comandos, conseguimos garantir que eles não acessem a área de movimentação. Eles não ficam soltos, sempre há um condutor treinado acompanhando os animais.”, informou.