Logo Folha de Pernambuco

Vacinação dos pets: o que é preciso saber?

Cães iniciam o ciclo vacinal a partir das 6 primeiras semanas, enquanto gatos iniciam com 8 semanas

Pet recebendo vacinação - Pexels

Leia Também

• Gato chinês entra para o Guinness por ser o mais rápido no skate; veja a façanha

• Gato vira doutor na Universidade de Vermont, nos EUA

Os pets são importantes membros das famílias, especialmente no Brasil, onde a população de cães e gatos chega aos 149,6 milhões, segundo o censo do IPB (Instituto Pet Brasil). Mas, apesar desse crescimento expressivo, a vacinação ainda é uma dúvida recorrente dos tutores e, muitas vezes, imunizações importantes acabam não fazendo parte da rotina dos animais, mesmo sendo imprescindíveis para manutenção da saúde e bem-estar dos pets.

Vacinação antirrábica
Gato recebendo imunização antirrábica

Muitos tutores acreditam que os animais precisam apenas receber a imunização antirrábica, visto que essa proteção é garantida gratuitamente no Brasil. Contudo o mercado disponibiliza vacinação também contra outras enfermidades. Para cães, a imunização está disponível para cinomose, parvovirose, leptospirose, hepatite infecciosa canina, parainfluenza, bordetelose, adenovirose, coronavirose e giardíase. Para gatos, o mercado dispõe de imunizantes também contra panleucopenia, rinotraqueíte, calicivirose, clamidiose e leucemia viral felina. 

Os questionamentos são diversos, desde o protocolo adequado, vacinas disponíveis, até a necessidade de revacinação. Pensando em solucionar as principais dúvidas em relação à vacinação dos pets, a médica-veterinária Marina Tiba, da Ceva Saúde Animal, respondeu oito questões sobre o tema. Confira: 

  1. Quando os cães e gatos devem receber a primeira vacina?

Recomenda-se que filhotes de cães iniciem seu esquema de vacinação entre 6 e 8 semanas de vida. A vacinação é extremamente importante para os filhotes, pois será responsável pela resposta imunológica contra os agentes causadores das principais doenças. O tutor deve seguir corretamente o protocolo e o calendário de vacinação determinado pelo médico-veterinário.

Para os filhotes de gatos, o programa de vacinação sugerido é de que a primeira dose seja realizada entre 8 e 9 semanas de idade para receberem proteção contra doenças como rinotraqueíte, calicivirose, panleucopenia felina e, em alguns casos, clamidiose e leucemia viral felina, dependendo do risco de exposição do gato. Após a primeira série de vacinações, os gatos geralmente recebem reforços a cada 3 a 4 semanas até atingirem cerca de 16 semanas de idade e, após esse período, as revacinações são anuais.

Tratando-se da vacinação contra raiva, considerada vacina essencial para cães e gatos, a recomendação é que recebam dose única a partir de 12 a 16 semanas de idade e revacinados anualmente.

  1. Existem vários tipos de vacinas para os pets?

Sim! Para os cães, segundo o Guia do Comitê Latino-Americano de Vacinologia em Animais de Companhia (Colavac), as vacinas essenciais e recomendadas para todos os cães são: vacinas contra a raiva, cinomose, parvovirose, leptospirose e hepatite infecciosa canina. A vacina antirrábica deve seguir legislações locais, onde, no Brasil, seu uso é mandatório anualmente.

Vacinas que não são essenciais devem ser aplicadas após avaliação da necessidade de sua utilização, considerando o estilo de vida do animal e seu risco de exposição. O médico-veterinário deve decidir sobre sua necessidade. Dentre as vacinas não essenciais, estão aquelas contra parainfluenza, bordetelose, adenovirose, coronavirose e giardíase.

Já para os felinos, as vacinas essenciais são contra as seguintes doenças: raiva, panleucopenia, rinotraqueíte e calicivirose. Vacinas que não são essenciais devem ser aplicadas após avaliação da necessidade de sua utilização, considerando o estilo de vida do animal e seu risco de exposição, que são clamidiose e leucemia viral felina.

  1. Existe algum problema em atrasar a vacina?

Para conseguir o nível de proteção desejado, o processo de vacinação deve seguir o calendário estabelecido. No caso dos filhotes, algumas vacinas exigem múltiplas doses para completar o ciclo de imunização. Não seguir o processo corretamente pode acarretar uma série de problemas, como a redução na eficácia da proteção do pet, seja ele um cão ou um gato.

  1. Meu pet foi vacinado quando filhote, preciso imunizá-lo novamente?

A revacinação dos animais adultos deve ser feita anualmente ou de acordo com os riscos de exposição (desafio), o estilo de vida e a faixa etária do animal, conforme recomendação do médico-veterinário. O reforço vacinal será responsável pela manutenção da proteção contra importantes doenças infecciosas. Esse é um ponto importante que muitos tutores esquecem, mas é preciso estar atento, pois, sem a imunização correta, o animal ficará vulnerável a uma série de doenças.

  1. O animal precisa ser examinado antes de tomar vacina?

Sim, a avaliação do médico-veterinário antes da vacinação é muito importante para verificar o estado geral de saúde do cão ou gato e determinar se ele está apto a receber a vacina.

  1. Não sei o histórico de vacinação do meu pet, e agora?

Caso o tutor tenha resgatado ou adotado um animal sem conhecimento do histórico de vacinação, é imprescindível realizar a imunização do pet considerando que não tenha sido vacinado anteriormente. Nesse caso, o médico-veterinário irá estabelecer o protocolo ideal de acordo com a idade do cão ou gato. Além disso, é importante realizar um check-up para avaliar a saúde completa do animal antes de proceder com a vacinação.

  1. As vacinas oferecem algum risco?

As vacinas são responsáveis pela imunização adequada dos pets, com o intuito de protegê-los contra as principais doenças infecciosas. Para tanto, os produtos disponíveis no mercado seguem a regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e devem apresentar estudos de segurança e eficácia para a espécie a qual se destina o uso. Vale ressaltar que o processo de vacinação deve ser realizado por um médico-veterinário.

  1. A vacina causa alguma reação?

Alguns animais podem ser mais sensíveis devido à resposta individual. Após a vacinação, o pet poderá apresentar uma reação inflamatória no local da vacinação, o que pode causar dor, apatia, diminuição do apetite e até febre. A reação é semelhante ao que ocorre em crianças quando vacinadas. Caso ocorra, o médico-veterinário pode indicar procedimentos que aliviem a dor ou sintomas apresentados pelo pet. Ainda, embora sejam de rara ocorrência, há animais que apresentam quadros mais importantes (alérgicos e/ou anafiláticos), os quais devem ser imediatamente levados para atendimento veterinário.

Veja também

Tarcísio diz que abusos da PM de SP serão severamente punidos
Tarcísio de Freitas

Tarcísio diz que abusos da PM de SP serão severamente punidos

Pentágono diz que tropas norte-coreanas na Rússia entrarão "logo" em combate contra Ucrânia
Combate

Pentágono diz que tropas norte-coreanas na Rússia entrarão "logo" em combate contra Ucrânia

Newsletter