Vai viajar? Saiba como manter seu pet seguro, estando ele na viagem ou em casa
Animais não devem ficar por muito tempo sem acompanhamento humano
Chegaram as férias e, com elas, a disponibilidade para viajar. Para tutores de pets, há a dúvida: levar ou não o animal? Para viajar com seu cão ou gato, é preciso considerar o bem-estar do pet, pois nem sempre eles são beneficiados com períodos longos em veículos ou locais que apresentam mudanças drásticas de cenário e/ou temperatura. Caso o cãozinho ou gatinho seja mais acostumado a sair de casa, o tutor que optar por levá-lo para viagens precisa saber a forma correta de transportar o animal.
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“Quando o tutor resolve viajar com seu pet, ele é obrigado a ficar muitas horas na caixa transportadora, principalmente em viagens mais longas em aviões ou ônibus, por exemplo. O estresse do traslado pode ser tão grande que pode causar a queda da imunidade do animal e ele pode passar a apresentar certos problemas de saúde, por exemplo”, explicou Thais Matos, médica-veterinária da DogHero, plataforma de serviços da Petlove.
Para quem deixará o pet em casa:
A especialista ressalta ainda que deixar o pet em casa sozinho, mesmo que com comida e água suficientes, e seus brinquedos favoritos espalhados pelo espaço, não é uma alternativa viável. Pois, além de ficarem desamparados sem receber os devidos cuidados, podem enfrentar problemas como a ansiedade por separação, sofrendo demais com a ausência de companhia.
“Não importa se o tutor ficará poucos ou muitos dias fora de casa, é preciso ter uma pessoa capacitada para atender às necessidades do animal. Outra razão para não deixá-lo sozinho é que muitas raças precisam de uma dose de exercícios diária e, ao ficar sem companhia em casa, ele pode apresentar quadros de depressão, até mesmo recusando a comida”, alertou a veterinária.
Algumas pessoas podem ter a falsa concepção de que gatos podem ficar sozinhos em casa por serem mais independentes, mas os felinos também sofrem por estarem sozinhos e correm riscos sem supervisão.
"Existe uma concepção de que gatos são mais independentes e toleram mais tempo sozinhos. De fato, alguns gatos podem, sim, ficar sozinhos por longos períodos de tempo durante o dia sem se sentirem abandonados, desde que tenham alimentação e água fresca. No entanto, é importante ressaltar que os gatos possuem personalidades variadas e algumas raças se sentem abandonadas caso fiquem sozinhos, miando alto ou até mesmo ficando sem comer por tristeza. Na dúvida, deixar o gatinho em casa sozinho mesmo que com comida e água suficientes não é uma alternativa viável pelo risco de gerar altos níveis de ansiedade e estresse no animal. Não importa se você ficará um ou dois dias fora apenas; é preciso ter uma pessoa capacitada para atender às necessidades do gatinho", explicou Thais.
Portanto, o ideal é procurar cuidadores profissionais para o animal ter suas necessidades físicas e psicológicas atendidas. Algumas opções como pet sitting e hospedagem domiciliar podem solucionar essa necessidade e garantir o bem-estar do cão ou gato na ausência do tutor.
Para quem levará o pet:
É preciso fazer uma checagem da saúde do animal antes de viajar
Deixar o pet seguro e confortável durante a viagem é fundamental. Mas o planejamento também é importante para uma viagem tranquila. Por isso, o tutor deve ficar atento às condições do animal e às orientações de segurança. Ir ao veterinário antes da viagem para a imunização do pet, check-up e direcionamento sobre o cuidado com o animal é essencial.
A forma de transportar o animal precisa ser segura e confortável, considerando seu tamanho e o risco de acidentes no percurso. Confira alguns direcionamentos sobre o traslado de pets com seus tutores:
No carro:
- Cinto de segurança: todos devem utilizar o equipamento, inclusive os pets. Nada de deixar seu bichinho solto durante a viagem, mesmo que ele seja super obediente. Pode ser perigoso, tirar a atenção de quem dirige, e o condutor pode ainda ser multado. Portanto, use o cinto de segurança para cães, desenvolvido especialmente para isso. O equipamento funciona como um extensor, ao ser fixado no fecho do cinto do carro e ao peitoral do seu animal de estimação (ao mesmo tempo). Para os gatos, as caixas transportadoras promovem conforto e segurança e também precisa ficar presa no cinto de segurança. Uma dica para que o felino se sinta confortável com o "novo lar", é adquirir a caixa transportadora para gatos um pouco antes da viagem e colocar o cobertor e os brinquedos dele dentro, com isso, ele sente que a caixa transportadora é um local seguro e agradável, dessa maneira, evita-se qualquer agressividade ou outra reação do seu animalzinho.
- Pets no banco de trás: os animais de estimação devem ficar sempre no banco traseiro, onde estará mais seguro, e não no chão – espaço para colocar os pés dos passageiros. Para deixar o pet mais tranquilo, o tutor pode colocar a caminha dele no banco. Muito cuidado, pois seu pet pode ficar incomodado e espirrando se a temperatura no interior do veículo estiver muito fria. Portanto, ao viajar de carro, esse item precisa ser verificado para que ele se sinta bem durante o trajeto. Desta maneira, caso possua ar condicionado no carro, procure deixar a temperatura neutra, ou seja, nem quente nem fria;
- Sem orelhas ao vento: sabe-se que os cachorros amam ficar espiando e tomando aquele vento durante o passeio de carro, mas isso pode trazer consequências tanto em relação à segurança como à saúde do seu animal de estimação. Pode dar dor de ouvido no seu cãozinho e prejudicar a audição, além de causar irritação nos olhos dele. Além disso, não é nada seguro para você e o seu pet, pois ele pode se machucar. Ainda tem o risco de acidentes se o condutor do veículo não estiver concentrado no trânsito.
- Capas protetoras: além de não deixar o cãozinho escorregando no banco, protegem as portas do veículo. As capas protetoras, incluindo modelos impermeáveis, podem deixar a viagem mais confortável;
- Contra enjoo: alguns pets costumam enjoar durante viagens de carro e, por isso, o veterinário deve ser consultado antes do embarque. O especialista indicará a melhor forma de transporte e avaliará a necessidade de medicação. Nenhum remédio deve ser oferecido ao animal sem a prescrição do veterinário.
No avião ou ônibus:
- Na cabine: a maioria das empresas aéreas brasileiras permite viajar com o pet no avião. Animais de pequeno porte - até 10kg - podem ser transportados na cabine. Portanto, antes de escolher a companhia aérea ou de ônibus, o ideal é pesquisar a política de transporte de cada uma, assim como verificar as regras e exigências do local de destino e em casos de viagem interestaduais;
- Caixa de transporte: é obrigatório o uso da caixa de transporte. Para evitar estresse, o ideal é que o pet se acostume com a caixa de transporte. Ao menos um mês antes da viagem, a família pode fazer o seguinte treino: deixe a caixa aberta e sempre à vista do animal para que ela se torne familiar. Ofereça petiscos dentro dela e faça um carinho quando o peludo entrar – mas nunca force a entrada. Se possível, ofereça uma das refeições do dia dentro da caixa. Passeios gradativos com o animal na caixa também ajudam;
- Viagens nacionais: o tutor precisa apresentar o atestado de saúde, feito por um veterinário, além da carteira de vacinação e comprovante atualizado da antirrábica;
- Viagens internacionais: além da carteira de vacinação, são necessários Certificado Zoosanitário Internacional, Certificado Veterinário Internacional e laudo sanitário. Alguns países pedem ainda microchip, para que o pet seja identificado. Antes de comprar a passagem e providenciar os documentos, o tutor precisa se informar sobre as restrições de entrada de pets no país de destino.