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Você já foi escolhido por um gato? Nesse Dia Internacional dos Gatos, vamos explicar o motivo

O dia 8 de agosto é o Dia Internacional dos Gatos

Gato - Pexels

Se em algum momento do seu dia, do seu cotidiano, um gato desconhecido se aproximou e deitou em seu colo ou em seus pés, ou no seu caminho, saiba que o bichano está pedindo atenção para alguém que ele considera de confiança, não ameaçador. Se, além disso, o gato escolheu a sua casa para morar e você se sentiu mais adotado pelo gato do que adotante do gato, há ainda mais intensidade nessa relação. Neste 8 de agosto, marcado pelo Dia Internacional dos Gatos, o Folha Pet vai explicar mais sobre essa particularidade felina de adotar seus tutores.  


De acordo com Samara Viana (@svrfelinos), médica veterinária especialista em psiquiatria felina, o interesse do animal no lar de uma pessoa tem a ver com a busca por um ambiente que comporte suas necessidades. Além disso, o interesse do animal em uma pessoa é feito pela leitura do animal da linguagem corporal do humano que ele “escolhe”.

“O gato é um animal que se comunica através de linguagem corporal e são essas linguagens que fazem com que ele se comunique dentro de um grupo social. Quando eles estão se comunicando com humanos, mesmo que o nosso corpo seja diferente do deles, a nossa forma de nos mostrarmos a eles é significativa também em relação a essas leituras. Lógico que nem sempre as respostas que sinalizam, carinho, afeto, alegria para a gente são as mesmas para eles. O que a gente está falando aqui é o que eles encaram como sendo respostas referentes a bem-estar, conforto e aceitação”, explicou Samara.

De acordo com a veterinária, o gato é capaz de ler se um indivíduo é mais ou menos aversivo a ele. Samara explicou que se uma reação não é aversiva, mas é muito enérgica, o gato pode “ler” como ameaça.

A socióloga Ingrid Klebyane, 22, adotou sua primeira gata por aproximação exclusiva do animal. "Eu estava voltando da faculdade, meu pai estava me esperando na esquina de casa. Ele disse que ela (a gata) chegou e ficou olhando para ele e miando. Quando cheguei, fomos andando e ela continuou atrás. Ele falou assim 'se ela entrar, a gente fica com ela'’, foi assim que Jiló entrou na vida da socióloga. A gatinha ainda era um filhote pequeno na época e hoje está com a família há três anos.

Jiló, gata da socióloga Ingrid KlebyaneJiló



Pela explicação da especialista é possível enxergar o que realmente aconteceu com Jiló: a gatinha não se sentiu ameaçada e encontrou no pai de Ingrid uma aceitação.

“Essa questão de escolha é muito uma antropomorfização. É uma leitura nossa, humana e que o gato está fazendo escolhas. Às vezes não é necessariamente uma escolha e sim uma aceitação daquele indivíduo referente a linguagem que aquela pessoa está exacerbando para ele, mostrando que não é uma ameaça e que não vai ser um potencial predador em uma determinada situação. Se essa pessoa, fora a linguagem, vier com outros atributos, às vezes um fornecimento de alimento ou um carinho, também é sinalizando para o animal como algo bem benéfico, positivo”, explicou a médica. 

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