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Folha Política

A hora de Raquel Lyra dar o troco à oposição

Governadora filia mais de 50 líderes ao PSD e tira da pauta da Alepe o aumento das emendas

Governadora de Pernambuco e presidente estadual do PSD, Raquel Lyra reforça legenda com a filiação de mais de 50 políticosGovernadora de Pernambuco e presidente estadual do PSD, Raquel Lyra reforça legenda com a filiação de mais de 50 políticos - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

Mostrar força política e administrativa. Em um só dia, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), ao lado do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e do ministro da Pesca, André de Paula, filiou ao seu partido 31 prefeitos eleitos pelo PSDB no ano passado.

Levou também mais de 30 vices e outros líderes políticos, entre eles a vice-governadora Priscila Krause, que passou menos de um mês no ninho tucano. Definhou a legenda que agora está sob o comando do adversário e presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB). 

Antes do ato político, no início da tarde, reuniu no Palácio das Princesas 26 parlamentares para demovê-los da ideia de votar a favor da PEC 24/2025.

A proposta de emenda à Constituição, aprovada na Comissão de Justiça da Alepe, estabelece 2% aplicado sobre o orçamento anual como índice de referência para emendas impositivas.

Sairia dos atuais R$ 6 milhões para R$ 17,8 milhões, para cada um dos 49 deputados, já a partir do próximo ano. A proposta precisa de 30 votos para ser aprovada. Se rejeitada, não poderia ser votada mais este ano. O presidente da Alepe decidiu tirá-la de pauta. 

Nos últimos dias, os ataques à gestão da governadora ficaram mais ácidos. E ela avisou que vai responder com trabalho.

“Nada se faz na pressão ou na opressão. Prefiro liderar pelo amor. Não quero que ninguém tenha medo de mim. Quero que as pessoas consigam compreender que o movimento que estamos fazendo faz bem a Pernambuco”, enfatizou em discurso no Novotel, durante a filiação de antigos tucanos.


Tudo ao seu tempo
É temporária a decisão do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), de retirar da votação de hoje a proposta que aumenta o montante das emendas impositivas para 2% sobre o orçamento. O assunto voltará em breve à ordem do dia. A Casa também não tem pressa para votar o pedido de empréstimo do Executivo, no valor de R$ 1,5 bilhão.

Linha de ataques
Coube à deputada Débora Almeida (PSDB)e ao prefeito de Riacho das Almas, Dioclécio Filho, atacar gestões anteriores. “A gente só era procurado para assinar ordens de serviço quando faltava um ano e pouco para a eleição. No restante, o convite era para entregas ao Recife, um puxadinho do governo”, disparou a deputada.

Vários nãos
Em nome dos recém-filiados, Dió Filho disse nunca ter sido recebido pelos governos do PSB. E chegou a pensar que a governadora iria passar mais de um ano dizendo “não” aos prefeitos. “Era preciso dizer “não” pelo desgoverno de 16 anos de um partido que muito enganou o povo.”

Voltas da política
Chamou a atenção a filiação de Priscila Krause ao PSD. Não apenas pela passagem meteórica pelo ninho tucano, mas por passar a integrar uma legenda que é base do presidente Lula, governante de quem sempre foi adversária.

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