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Alepe espera emendas pix e deve votar projetos do Governo na próxima semana

Legislativo e Executivo negociam pagamento aos 18 deputados que não receberam nenhum tostão

Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco - Foto: Divulgação

A sessão realizada na Assembleia Legislativa ontem não foi a última do semestre, como planejaram os deputados e como anunciou a Mesa Diretora, após a votação de vários projetos, entre eles os que estabelecem reajuste salarial a professores e outras categorias.

A Casa deve votar na próxima quarta outros três projetos enviados pela governadora Raquel Lyra (PSDB), na última segunda, Eles vão ajudar a manter a sustentabilidade fiscal do Estado e permitir a contratação de novos empréstimos.  

Antes, na terça, os parlamentares devem fazer esforço concentrado para analisar as propostas nas comissões. Ainda pode haver pareceres em plenário. Essa era a ideia articulada entre o Governo e o Legislativo ontem.

A negociação está atrelada à liberação, nos próximos dias, de emendas pix aos 18 dos 49 deputados que não receberam nenhum tostão e ao complemento a outros cinco parlamentares. As emendas pix são destinadas diretamente às prefeituras. A verba não tem carimbo. Só não pode ser usada para pagar a folha de pessoal. 

Na semana passada, o Executivo liberou R$ 32 milhões de um montante de R$ 62 milhões, contemplando a maioria dos deputados considerados governistas. A medida levou o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), a ocupar a tribuna e cobrar equidade e impessoalidade à governadora. Também enviou ofício solicitando respeito à Lei de Diretrizes Orçamentárias. 

A reação do Palácio das Princesas foi rápida. Sem ela, haveria duas opções. A Casa votaria as propostas em agosto, no pós-recesso, ou a governadora teria de convocar extraordinária, o que significaria um novo desgaste. Pressão e diálogo apareceram no caminho.

Traída ou traidora
A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT) rechaçou o adjetivo de "traidora" usado por adversários para classificá-la na política. Revidou dizendo ter conseguido montar um palanque amplo para a reeleição porque "todos cansaram de ser traídos pelo outro grupo" (o do ex-prefeito e hoje deputado Luciano Duque). "Ninguém mais confiava nesse outro grupo, ninguém aguentava mais ser traído por esse outro grupo", argumentou em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

União
Márcia Conrado aglutinou adversários. Estão ao seu lado o presidente Lula, o PSB do prefeito João Campos, a governadora Raquel Lyra, a ex-deputada federal Marília Arraes, o presidente do Avante, Sebastião Oliveira. "Um dos maiores desafios da política é a capacidade de unir", reconhece.

Projetos
Segundo a primeira prefeita do município, a grande diferença entre os grupos é que "o outro tem um projeto pessoal e o nosso, um projeto de desenvolvimento, para discutir e trabalhar por Serra Talhada". 

Resposta
O deputado Luciano Duque disse que a prefeita sabe a transformação garantida por ele na vida dela e da família. Afirmou que "o tempo é o senhor da sabedoria" e sentenciou não julgar ninguém. "Deixo para o povo", completou.

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