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Assédio: Políticas cobram acolhimento para que o silêncio não seja mais forte que a delação

Acusações contra ministro levam mulheres no poder a se solidarizarem com vítimas e cobrarem investigação

Denúncias de assédio - Divulgação

Antes mesmo de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitir o então ministro de Direitos Humanos, Sílvio Almeida, após denúncias de assédio sexual, políticas de Pernambuco, especialmente aliadas ao Governo Federal, cobraram investigação, pediram providências e se solidarizaram.

Com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que teria sido um dos alvos, e com todas as mulheres vítimas desse tipo de violência. A situação acende um alerta: a necessidade de acolhimento para que o silêncio não seja mais forte que a delação.

A governadora Raquel Lyra registrou que “abuso sexual é uma prática criminosa e deve ser investigada e punida, seja em qual for a esfera de poder do acusado”. E apelou para que a população estimule as mulheres a irem à delegacia fazer queixa e entrar na rede de apoio. "Ajude a segurança pública e todo o nosso time a avançar por uma mudança neste cenário."

A senadora Teresa Leitão cobra celeridade nas investigações. “A exposição de uma denúncia de assédio sexual e moral é extremamente difícil. As vítimas precisam lidar com a dor do abuso e com a possibilidade de serem descredibilizadas”, reconhece. “Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada.”

Vereadoras do Recife também se manifestaram. A defesa de Cida Pedrosa (PCdoB) atenta para a importância de evitar que o problema se repita. “Todas as denúncias, de qualquer tipo de violência contra as mulheres, devem ser investigadas para evitar revitimização.”

Liana Cirne (PT) estimula a queixa e a necessidade de apoiar as vítimas  “Neste momento difícil em que mulheres decidem quebrar o silêncio, mesmo diante de todo patriarcado e machismo, devemos acolher. Vocês não estão sozinhas.”

A Secretaria de Mulheres do PT Pernambuco reproduziu nota da secretaria nacional e enfatizou que nenhuma forma de violência contra as mulheres deve ser aceita. “Absolutamente nada justifica qualquer tipo de assédio. As mulheres que são vítimas desta prática se veem impotentes, frágeis e revoltadas”, registra o texto. A secretaria anuncia ainda que acompanhará as investigações.

Respeito na vida pública
“Tenho muito orgulho de ter ao meu lado o Professor Lupércio, um gestor íntegro, honesto, trabalhador. É uma das pessoas mais decentes que conheci na vida pública”, retruca a candidata à Prefeitura de Olinda Mirella Almeida (PSD) aos que criticam a atual gestão. À Rádio Folha FM 96,7, declarou ser outro o sentimento nas ruas por onde anda e a população, afirma, lamenta que o prefeito não seja candidato. “A gente sabe que não agrada 100% das pessoas.”

Às claras
Contando com 11 partidos, Mirella Almeida afirma não precisar esconder vice, legendas ou apoios, como o da governadora Raquel Lyra, que não desfruta de boa avaliação no Grande Recife. “Não preciso esconder nada, porque nossa missão é trabalhar pelo povo.”

Espaços
Bastou o deputado José Patriota (PSB) reduzir o ritmo de articulações políticas para correligionários quererem ocupar suas bases. Tem sido assim em Ingazeira e Carnaíba, ambos no Sertão do Pajeú. Patriota está em tratamento contra um câncer desde 2018 e obteve na região mais de 30 mil, dos seus 43.573 votos.

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