Deputado João Paulo usa tribuna para cobrar de aliados defesa ao presidente Lula no plenário da Alepe

Chefe do Executivo foi acusado de "ladrão" por policiais militares que estavam nas galerias

Deputados Doriel Barros (à esquerda) e João Paulo em aparte no plenário da Assembleia Legislati - Foto: Jarbas Araújo/Alepe

Há algum tempo o deputado estadual João Paulo Lima e Silva (PT) diz sentir-se sozinho e isolado na Assembleia Legislativa e, vez por outra, dentro do próprio partido. A maturidade o ajudou a construir um olhar mais amplo sobre a política. Observa isso do alto dos seus 71 anos, 52 dos quais dedicados ao movimento sindical-político-partidário.

Ontem, no uso quase diário da tribuna, fez questão de externar o desconforto do dia anterior. "Estranhei que nenhum aliado tenha feito a defesa do presidente Lula", observou.

Na terça, durante a votação do projeto que extingue as faixas salariais na Polícia Militar de Pernambuco, representantes da categoria, que lotavam as galerias, chamaram o presidente da República de ladrão, para um plenário igualmente lotado: 44 dos 49 deputados marcaram presença.

Não citou nomes. Mas seu recado teve destino certo: o PSB, mesmo partido que horas antes, em entrevista a uma rádio local, ele considerou “ter ânsia de voltar ao Governo”.

João Paulo mantém com a governadora Raquel Lyra (PSDB) relação estreita. Com outros líderes do partido vem fortalecendo o nome da gestora como possível aliada do presidente Lula em 2026.

O PT se arruma para chances cada vez mais remotas de ser escolhido pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), para a vice na chapa à reeleição. Se o PT ficar fora, o cenário eleitoral mudar completamente.

Os três deputados petistas - João Paulo, Doriel Barros e Rosa Amorim - votaram a favor do projeto do Governo e asseguram que não haverá desgaste nas bases.

“O movimento sindical e social sabe da nossa luta em defesa dos trabalhadores. O PT não vai hoje nem nunca seguir a linha dos bolsonaristas que ignoram e derrubam os direitos das categorias”, enfatizou Doriel Barros, que preside a legenda no Estado.

SECRETARIA DE TENDÊNCIAS
O PT ainda não apresentou ao prefeito João Campos o nome para substituir o secretário Ermes Costa na pasta de Habitação. O combinado inicialmente é que o atual executivo, Felipe Cury, ligado à senadora Teresa Leitão, seja o titular. João Paulo Oliveira, do senador Humberto Costa, seria o secretário-executivo. Dizem que o Diretório Municipal não indicará outra composição. Há quem considere humilhação dividir uma secretaria em "tendências partidárias".

CURIOSIDADES
Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Alepe, o deputado Waldemar Borges vai solicitar ao Estado informações sobre o Circuito Literário de Pernambuco. Quer saber se o evento, com feiras no Recife, em Caruaru e Serra Talhada, é público ou privado. Pede ainda detalhes do bônus livro destinado a professores.

PLURIPARTIDÁRIO
O ministro da Educação, Camilo Santana, tem agenda com a governadora Raquel Lyra hoje pela manhã. À tarde estará com o prefeito do Recife, João Campos. O senador Humberto Costa e o presidente do PT, Doriel Barros, acompanham.

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