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Eleição para a Amupe pode gerar novo embate entre João Campos e Raquel Lyra

Dois candidatos que estão no páreo são ligados à governadora, mas PSB quer ocupar espaço

A disputa pela presidência da Associação Municipalista de Pernambuco deve tornar-se também um novo cenário para a medição de força política entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Com eleições previstas para fevereiro,  estão no páreo, hoje, o atual presidente e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia (Podemos), e o prefeito de Aliança, em seu primeiro mandato, Pedro Ermírio Freitas (PP). Dois nomes de partidos que integram a base da governadora. 

Para reforçar a queda de braço, uma terceira via está em construção. A proposta partiu do ex-presidente da Amupe (2011-2012) e ex-prefeito de Carnaíba (2017-2024), no Sertão, Anchieta Patriota. Filiado ao PSB desde 1993, alega que a iniciativa não é apenas uma questão partidária.

“Mas é o conjunto das forças que querem uma Amupe agindo com independência, respeitando todos os prefeitos, fazendo a defesa dos municípios”, argumenta.  

Na condição de ex-presidente, alega ter direito a voto e lamenta que as decisões estejam sendo tomadas apenas pelos que estão na cúpula. Ressalta ser necessário preservar a história de luta do ex-deputado José Patriota, que presidiu a associação por dez anos.

Com um olhar crítico sobre a atual gestão, observa que os deputados não receberam a maioria do valor das emendas impositivas, que deveriam ser repassadas pelo Estado até 30 de dezembro.

Dos R$ 188 milhões, apenas R$ 42 foram pagos. Maior parte seria destinada aos municípios. “Não vi a Amupe dar um pio sobre o assunto”.

Na lista de possíveis candidatos: Ana Célia, ex-prefeita de Surubim; Sandrinho Palmeira, prefeito de Afogados da Ingazeira; Sivaldo Albino, de Garanhuns. Os três do PSB. E a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT).

Exemplo para a concessão

Toritama, no Agreste, pode servir de exemplo em Pernambuco no processo de concessão da Compesa. É nisso que aposta o prefeito Sérgio Colin. Segundo ele, o modelo precisa ajudar a menor cidade do Estado (25 km² de território), conhecida como a Capital do Jeans, a resolver a distribuição de água à população, a cerca de três mil empresas de confecções e 50 lavanderias industriais.

Ensaio

“Não vou repassar o cargo, vou repassar serviço.” Com esse recado,  João Campos anunciou dias de descanso, sem dizer de quanto tempo precisa para recarregar as bateiras. O Recife ficará, pela primeira vez, sob o comando do vice Victor Marques, que será o titular em 2026, caso o prefeito se candidate ao Governo.

Emergências

O prefeito de Itamaracá, Paulo Galvão, alegou ter priorizado problemas deixados pela gestão anterior para ainda não ter conseguido reunir a equipe da Secretaria de Turismo e Cultura. A nota oficial foi uma resposta a Lia de Itamaracá. Pelas redes sociais, a cirandeira reclamou que o convite para comandar a pasta era fake.

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