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Filiação de secretários passou por articulações nacionais feitas pelo prefeito João Campos

No Recife, alguns líderes ficaram insatisfeitos. Reclamaram da falta de discussão e de terem sabido pela imprensa

Prefeito do Recife, João Campos (PSB) - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

As articulações do prefeito do Recife, João Campos (PSB), para filiar quatro secretários a partidos da sua base passaram por integrantes das legendas no Recife e por líderes nacionais do MDB, PCdoB, Republicanos e União Brasil.

Houve quem considerasse a postura uma afoiteza. Para o bem e para o mal. Ninguém tem dúvida de que o gestor, além de vice-líder nacional do PSB, é um líder no país e respeitado por outros.

Teve gente que não gostou. O deputado federal Mendonça Filho achou "uma tremenda deselegância" ser presidente do União Brasil no Recife e descobrir pela imprensa a filiação da secretária de Finanças, Maíra Fischer.

Qualquer integrante da sigla pode abonar a ficha. O processo foi conduzido pelo grupo Coelho - o ex-prefeito de Petrolina Miguel; o secretário de Turismo, Antônio e o deputado Fernando Filho.

No MDB, que oficializou apoio a sua reeleição e com o qual João Campos se comprometeu a dar novo fôlego, o presidente estadual Raul Henry aplaudiu a chegada da secretária de Infraestrutura, Marília Dantas.

O processo teve anuência do presidente nacional, deputado Baleia Rossi, a quem o prefeito prometeu reforço e filiou mais de 30 nomes. Outros ficaram contrariados por verem a filiação acontecer na surdina. Sem nenhuma discussão.

No Republicanos, que recebeu o secretário de Planejamento, Felipe Matos, com o aval do ministro Silvio Costa Filho, não houve reação negativa. Tudo parece afinado. Nos bastidores do PCdoB, comenta-se que a ida do chefe de gabinete Victor Marques envolveu a disputa pela Prefeitura de Olinda.

Mas a reação maior foi mesmo entre petistas que viram a movimentação como  ameaça à aliança. E com doses de soberba. Consideraram o processo meio artificializado. Mas anunciaram mudanças na estratégia

OU BASE OU OPOSIÇÃO
O deputado Kaio Maniçoba, líder do PP na Alepe, reagiu às críticas de Renato Antunes, vice-líder do PL, que acusou o presidente do PP, Eduardo da Fonte, de causar tumulto e criar fato político ao anunciar que o Progressistas ficaria com o Detran. "Quem costuma tumultuar o processo é o PL. E por muitas vezes, em plenário, o deputado Renato Antunes é líder dele mesmo. O PL precisa ter responsabilidade e definir se é base ou oposição ao governo", instigou.

EFEITO ROBERTÃO
O deputado João Paulo (PT) disse em entrevista à Rádio Folha que o tratamento do prefeito João Campos ao PT não está sendo justo nem respeitoso. Lembrou que é preciso ser humilde para que 2024 não repita o que chamou de "efeito Robertão", quando em 2000 a eleição de Roberto Magalhães era dada como certa, mas foi ele quem se elegeu prefeito do Recife.

CELERIDADE
O presidente do Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco, Eduardo Vasconcelos, reuniu-se em Brasília com os senadores Fernando Dueire, Teresa Leitão e Humberto Costa. Na pauta, o piso salarial da categoria. Os parlamentares estão sensíveis à causa.

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