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Governo de Pernambuco aposta no voto consciente para aprovar fim das faixas salariais na PM

Oposição na Assembleia Legislativa já sinalizava possibilidade de votar a favor da proposta

Plenário Governador Eduardo Campos, na Assembleia Legislativa de Pernambuco - Foto: Breno Laprovitera/Alepe

O projeto do Governo de Pernambuco que propõe o fim das faixas salariais para policiais e bombeiros militares deve ser aprovado no plenário da Assembleia Legislativa na tarde de hoje, após 63 dias tramitando na Casa.

Na noite de ontem, parte da oposição já admitia a possibilidade de votar a favor da proposta, incluindo deputados do PSB, partido que, aliado ao PSOL e ao PL, debateu o projeto à exaustão, cobrando esclarecimentos, propondo emendas, arrastando a discussão.

Para o decano Antônio Moraes (PP), o voto consciente vai salvar o Projeto de Lei 1671.  “A minha experiência aqui na Casa mostra que há muita dificuldade de a oposição ter 25 votos e de o Governo também. Quem vai decidir é quem votar conscientemente”, argumenta o deputado. O substitutivo ou o projeto original precisam de maioria absoluta - 25 votos - para serem aprovados.

Primeiro a ser votado em plenário, o substitutivo não passa, acredita Moraes. “Muita gente vai pensar: Eu tentei modificar o projeto e não consegui. Agora vou prejudicar a categoria, deixando sem aumento e sem o começo do fim das faixas salariais?”, questiona.

O líder da federação PT, PV, PCdoB, deputado João Paulo Lima, acredita que a bancada petista - ele, Doriel Barros e Rosa Amorim - vote favoravelmente ao projeto do Governo. Segundo ele, se a proposta não for aprovada, a violência no Estado deve agravar-se.

O não ao pagamento do reajuste e o não ao fim das faixas salariais só vão piorar a situação porque a polícia ficará sem estímulo, considera o petista. Lembra ainda que Pernambuco registrou ano passado o segundo maior número de assassinatos no Brasil. Atrás apenas do Amapá.

De acordo com a assessoria jurídica da Comissão de Justiça, se nem substitutivo nem projeto passarem em plenário hoje, a proposta só pode voltar a ser discutida este ano se tiver o apoio da maioria absoluta, os mesmos 25 votos necessários para aprová-la.

O ÁLIBI DE FABRÍZIO FERRAZ 
Os 121 anos do município de Belém de São Francisco, no Sertão, podem ser um álibi para o deputado Fabrízio Ferraz (Solidariedade) faltar à votação do projeto que extingue as faixas. Apesar de ter conseguido um cargo no Governo, depois de ter votado contra o PL na Comissão de Segurança, não se indisporia com a base. O deputado é coronel reformado da PM.

CEPE CELEBRA BONS RESULTADOS
O presidente da Cepe, João Baltar, comemora resultados positivos. As livrarias operaram no verde nos últimos meses e o Governo fechou com a companhia o primeiro contrato editorial. A Cepe vai imprimir livros e outros materiais da Secretaria de Educação do Estado. Um contrato de R$ 10 milhões.

A DISCRIÇÃO DE MARÍLIA DANTAS
Na entrega da oitava Praça da Infância, domingo em Dois Unidos, uma moradora do bairro gritou ao ver a secretária de Infraestrutura do Recife, Marília Dantas: "Eita! Essa mulher vai ser a vice de João!". Recém-filiada ao MDB, a secretária fez que não ouviu.

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