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João Campos recorre a modelo de gestão usado pelo pai no Estado e reforça pauta metropolitana

Eduardo Campos definia metas junto às equipes, fazia monitoramento rigoroso e cobrava resultados

Primeira reunião do secretariado, comandada pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB) - Foto: Arthur Mota//Folha de Pernambuco

Em vários de seus discursos, o prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB) destaca ter herdado do pai o amor pela política. Tirou do DNA um ponto para colocar em prática. O modelo de gestão aplicado em Pernambuco pelo ex-governador Eduardo Campos vai pautar sua administração.

Metas, monitoramento rigoroso e cobrança de resultados. Estratégias que, segundo ele, foram difundidas pelo Brasil inteiro. Aposta nelas para garantir o que define como governo de precisão, capacidade de conversar e fazer.  Refere-se ao 1º ano do novo Governo e não ao 5º ano. Com aprendizado e reconhecimento nas urnas, rasga a continuidade, como se começasse do zero, mas imbuído de maturidade e experiência. 

Ontem, na primeira reunião com o vice-prefeito, Victor Marques, 24 secretários, quatro chefes de gabinete, procurador-geral, controlador-geral e presidentes de órgãos e autarquias como URB, Emlurb, CTTU, Defesa Civil, Procon e a Central de Operações (COP), garantiu ser tudo prioridade. Com orçamento e agenda definidos, a partir de fevereiro vai pontuar quem está fazendo o quê. Começará pelo vice, que acumula a secretaria de Infraestrutura. 

A pasta está entre as quatro com papel estratégico na integração metropolitana. Além dela, Articulação Política, Desenvolvimento Urbano e Relações Institucionais estarão juntas para resolver problemas nas áreas limítrofes. Os trabalhos serão coordenados pelo secretário Raul Henry, que ontem compôs a mesa principal ao lado do prefeito João Campos.

A reunião, no Compaz Leda Alves, no Pina, bairro da Zona Sul, durou cerca de quatro horas. 

Destino das emendas
Dos R$ 102,5 milhões em emendas parlamentares ainda não pagos pelo Governo de Pernambuco, o maior montante é destinado à área de saúde: R$ 76,5 milhões. OIPA aparece em um segundo lugar distante: R$ 4,9 milhões, seguido pela Secretaria de Agricultura (R$ 3,4 milhões). O menor valor  (R$ 60 mil) está destinado à Secretaria de Recursos Hídricos. Os dados são do E-Fisco.

Auditoria
O presidente do TCE-PE, Valdecir Pascoal, registra não ser comum pedido de auditoria especial pela Assembleia Legislativa. Esses casos mais frequentes junto ao TCU. Deputados requereram à Corte análise sobre o pagamento das emendas impositivas. O conselheiro Marcos Loreto será o relator. A escolha segue critérios técnicos.

Extraordinário
Vereadores do Recife interrompem o recesso na próxima semana. Projeto do Executivo que define recursos e atribuições das novas secretarias será lido na segunda e votado na terça e na quarta. A convocação sai no Diário Oficial deste sábado.

Portas abertas
Do deputado Pastor Eurico (PL) à senadora Teresa Leitão (PT), o prefeito de Aliança, Pedro Ermírio (PP), afirma não fechar portas para ninguém. “Tenho que levar para a política a postura que sempre tive: não ter inimigos, mas ter posição”, disse à Rádio Folha.

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