Lula reforça nome de João Campos e discute estratégias com aliados

Prefeito do Recife acompanhou agenda do presidente. Petista quer partido unido pela vaga de vice

João Campos (PSB) e o presidente Lula (PT), em jantar na noite de quinta-feira (18) - Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução do Instagram

Uma agenda enxuta com dois compromissos institucionais voltados diretamente para o Estado: a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na quinta-feira, e a troca de comando no Comando Militar do Nordeste, ontem, cujo ponto mais relevante ficou com a assinatura do termo de compromisso para construção da Escola de Sargentos, entre o Executivo estadual e o Ministério da Defesa.

Ao Recife cabia apenas a localização do CMNE: no Curado, Zona Oeste da cidade. Em tese. Porque o prefeito da capital, João Campos (PSB), aproveitou a presença de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Pernambuco. Recebeu o presidente da República na Base Aérea, acompanhou sua primeira programação e jantou ao seu lado com a mãe, Renata Campos, e os irmãos Pedro, Eduarda, José e Miguel.

O encontro aconteceu no hotel onde Lula se hospedou, na Zona Sul, e durou aproximadamente uma hora e meia, depois de o petista declinar do convite feito pela governadora Raquel Lyra (PSDB). Política, que sempre está na mesa da família Campos, inevitavelmente fez parte do cardápio.

Na manhã de ontem, por volta das 9h15, Lula e João Campos chegaram ao CMNE no mesmo carro. No palanque oficial, estavam à espera do presidente os ministros André de Paula, Luciana Santos e Silvio Costa Filho; a senadora Teresa Leitão, a governadora, o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, deputados estaduais e federais, e os militares.

No início da tarde, João Campos deixou o presidente Lula na Base Aérea, de onde ele seguiu para o Ceará. O nome para ocupar a vice na chapa do prefeito à reeleição deve ser discutido pelos dois em outro momento. Mas foi tema de conversa entre Lula e os petistas Carlos Veras, Doriel Barros e Teresa Leitão no café da manhã de ontem.

Veras, que está na lista de possíveis nomes a vice, diz que o presidente acha "natural e justo" João Campos escolher alguém do PT. Não indicou ninguém. Apenas defendeu que o partido mantenha a unidade.

"Felicidade precisa ser compartilhada. Ninguém merece ser feliz sozinho", referendou Veras, diante de rumores de que o prefeito pode escolher outro integrante do PSB. Discutiram também as eleições em municípios como Caruaru, Petrolina, Paulista e Jaboatão. Lula ainda conversou com o ex-prefeito Elias Gomes (PT). O pré-candidato em Jaboatão saiu animado com a conversa e o apoio do presidente.

 

Boas-vindas à Escola de Sargento
O termo de compromisso para construção da Escola de Sargentos tem significado especial para o coordenador da bancada federal, deputado Augusto Coutinho. Ele relembrou ter passado os últimos anos articulando o investimento para o Estado com o Exército, ministros e parlamentares. Quem também está feliz é o prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia. A vila militar e a vila olímpica da ESA ficarão no município. "A expectativa é gerar renda e melhorar a vida do povo", aposta.

FORÇA > O prefeito João Campos divulgou em suas redes texto dirigido ao ministro da Defesa, José Mucio, no qual exalta a articulação para garantir a Escola de Sargentos. Registra que a vitória de seu bisavô Miguel Arraes, em 1986, não o fez esmorecer. "Você cresceu na adversidade. Perdeu a eleição, mas se portou de forma altiva."

FALTA > O deputado João Paulo Lima e Silva não apareceu em nenhuma agenda do presidente Lula. Tentou ir à refinaria, mas a programação atrasou e ele precisou sair. Havia marcado de fazer um procedimento. Foi simples e ele está bem.

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