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Nas ausências, Antônio Moraes assume papel de líder do Governo na Assembleia Legislativa

Deputado nega ter recebido orientação do Palácio e afirma que acusações não ficarão sem respostas

Deputado estadual Antônio Moraes (PP) - Foto: Jarbas Araújo/Alepe

Não é a primeira vez que o deputado Antônio Moraes (PP) defende o Executivo estadual de acusações feitas pelos seus pares na Assembleia Legislativa. Ontem foi mais enfático. Em resposta às críticas à governadora Raquel Lyra (PSDB), reagiu de imediato, ocupando a tribuna. "É importante que as pessoas entendam o que é verdade e o que é mentira", argumentou.

Dono de sete mandatos na Alepe, Moraes explicou que a governadora está há 11 meses no cargo e não pode ser responsabilizada por tudo. Minutos antes, o deputado Alberto Feitosa (PL) havia apontado problemas como falta de energia no Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, Zona Oeste do Recife, na sexta-feira, e o não funcionamento de câmeras de monitoramento instaladas como forma de inibir a violência.

Rebateu dizendo que com a falta de energia pacientes foram transferidos e não houve, por isso, registro de óbito. Sobre as câmeras lembrou que o problema se arrasta desde o governo passado. "O Tribunal de Contas notificou o governo para que encerrasse o contrato com a Oi, porque a empresa entrou em recuperação judicial", explicou o presidente da Comissão de Justiça.

Segundo Moraes, os equipamentos, instalados em 2012, estão obsoletos. "A licitação está sendo feita, mas não é fácil, é uma licitação de valor alto. As coisas não acontecem de forma rápida e efetiva." Após o pronunciamento de cinco minutos, negou ter recebido orientações do Palácio das Princesas e reforçou que nenhuma acusação ficará sem resposta.

O líder oficial do Governo, Izaías Régis (PSDB), estava na Casa e não reagiu. Na tribuna agradeceu aos pares por terem aprovado o orçamento de 2024. O projeto, previsto para ser votado hoje, vai de encontro ao proposto pelo Executivo. Inclui emendas de R$ 1,1 bilhão, aprovadas na Comissão de Finanças depois de a governadora ter apelado aos parlamentares que não superestimassem a projeção de receita para o próximo ano.

O vice-líder, Joãozinho Tenório (Patriota), não estava em plenário.

 

Mais poder para o petista
 senador Humberto Costa tem o nome cotado para presidir nacionalmente o PT. A deputada Gleisi Hoffmann, hoje no comando da legenda, deve ocupar a vaga do ex-ministro Flávio Dino, indicado pelo presidente Lula para o STF. A expectativa é de que o Ministério da Justiça e Segurança Pública seja desmembrado. Humberto é vice-presidente da sigla e comanda o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE).

EQUAÇÃO > O Governo enviou à Alepe a fórmula usada para redistribuir o ICMS aos municípios. Deputados estão fazendo cálculos, mas já adiantam que seria mais simples assegurar no texto do Projeto nº 1506 que "ninguém sofrerá perda nominal de receita" em 2024.

AGRESTE > Avaliar conjuntura e definir rumos do movimento sindical rural para o próximo ano estão na pauta do encontro da Fetape, coordenado pelo deputado Doriel Barros (PT). A ideia é reunir 350 líderes hoje e amanhã em Pesqueira.

SERTÃO > A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Alepe, presidida pelo deputado Mário Ricardo, faz audiência pública hoje em Lagoa Grande. Fruticultura e enoturismo em pauta. O secretário de Turismo do Recife, o deputado licienciado Antônio Coelho, participa.

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