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Negociações intensas e placar expressivo na votação do fim das faixas salariais na PM de Pernambuco

Discussões se deram durante 63 dias e até os últimos momentos

Galerias lotadas para acompanhar votação do projeto que extingue as faixas salariais na PM de Pernambuco - Foto: Jarbas Araújo/Alepe

Após muitos embates, um placar maiúsculo. O projeto do Governo do Estado extinguindo as faixas salariais para policiais e bombeiros militares foi aprovado por 41 votos contra 1. Um número superior ao estimado pelos governistas que apostavam em algo perto de 30 votos.

A contagem ficou acima do esperado porque quem viu a emenda propondo a antecipação do fim das faixas para 2025 ser derrotada por 26 votos a 16 acabou cedendo ao "ruim com ele, pior sem ele".

O deputado coronel Alberto Feitosa prefere dizer que esse é o placar real, com o Governo tendo um voto a mais que os 25 necessários. Já o vice-líder do Governo, Joãozinho Tenório, opta por avaliar que a votação de 29 a 14, derrubando uma das emendas é o que revela a base de sustentação do Executivo.

Com a vitória em mãos, governistas atestaram ter ficado evidente a decisão de PSB e PL se unirem para tentar desgastar a administração de Raquel Lyra. Foram 63 dias arrastando a discussão do projeto que chegou em caráter de urgência e oficialmente deveria ser apreciado em até 45 dias.

Depois integrantes dos dois partidos tiveram de recuar e aprovar o projeto original. "Essa era uma luta inglória desde o começo. As emendas foram todas inconstitucionais. Venderam uma ilusão para a categoria", observou o petista João Paulo, chamado de traidor pelos representantes da PM que ocupavam as galerias.

Na votação de ontem, o PT foi atacado em plenário. Além de João Paulo, os deputados Doriel Barros e Rosa Amorim votaram a favor do projeto do Executivo. O bolsonarista Abimael Santos não mediu palavras. "O PT é do partido dos trabalhadores que não trabalha, bando de vagabundo.Parece que o PT tem um lado, e não é o dos trabalhadores."

Presidente estadual do PT, Doriel Barros reagiu de imediato. "Você não tem estatura nem moral para falar mal do PT. Se tem um partido que mais defendeu os trabalhadores foi o PT e quem mais tirou direitos foi o partido que você representa", disse, cobrando respeito e ameaçando entrar contra o parlamentar na comissão de ética.

A governadora Raquel Lyra, que se disse confiante desde o início, ontem reforçou seu posicionamento. "Tínhamos certeza que, ao final de tudo, contaríamos com a imensa maioria da Assembleia. Ganham a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, dentro do nosso compromisso de fortalecer as nossas forças operacionais de polícia”, destacou.


DETERMINAÇÃO DO PALÁCIO
O vice-líder Joãozinho Tenório anunciou a recomendação do Governo para que se votasse contra a emenda de Fabrizio Ferraz, que na Comissão de Segurança votou contra o Executivo,  e contra a emenda de Mário Ricardo. Dizem que ele está muito afinado com o presidente da Alepe, Álvaro Porto, com quem a relação da governadora tem sido apenas institucional.

DESTITUÍDO
Com a orientação do Governo passada diretamente para o vice-líder, o Palácio do Campo das Princesas ignorou totalmente a presença do líder, deputado Izaías Régis. O parlamentar tem ocupado a tribuna para fazer críticas e cobranças ao Executivo.

AUSENTES
Faltaram à votação de ontem os deputados Jarbas Filho e  José Patriota, por problemas pessoais; Gilmar Júnior, e Júnior Tércio, que estão viajando, e Dani Portela. A parlamentar participou de várias discussões, mas está de licença maternidade até o dia 12

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