Os entraves do blocão governista criado na Assembleia e a indefinição sobre as faixas salariais

PL sai do grupo e abre espaço para o PP. Oposição consegue mais uma vaga na Comissão de Finanças

Joel da Harpa, Nino de Enoque (de costas). Alberto Feitosa e Abimael Santos passaram parte da tarde de ontem discutindo decisão de não compor bloco do Governo. Do PL, apenas Renato Antunes não estava - Foto: Divulgação

A decisão do Partido Liberal de não integrar na Assembleia Legislativa o blocão da base governista reforça o distanciamento da legenda com a governadora Raquel Lyra (PSDB) e pavimenta a estrada do Progressistas.

Talvez ajude a quebrar o silêncio da gestora, que ano passado entregou o Detran ao PL, mas hoje vê maioria da bancada atuando na contramão. Desde o início do mês, a informação é de que o órgão passará às mãos do PP. Na segunda, a tucana não respondeu com quem vai ficar o órgão.

O blocão serviu apenas para isso e ontem levou outro revés. A oposição reivindicou mudança na Comissão de Finanças, que hoje deve votar o projeto de lei extinguindo as faixas salariais na PM. A deputada Gleide Ângelo (PSB) assumirá no lugar de Claudiano Martins (PP), o que pode significar 5 votos contra e 3 a favor do projeto.

O grupo governista é formado pelo PRD (1), MDB (1), PSDB (3), Solidariedade (4), União Brasil (5) e o PP (8). O PL recuou. O líder, Nino de Enoque, e o vice-líder, Renato Antunes, foram voto vencido. Abimael Santos, Alberto Feitosa, e Joel da Harpa não têm poupado críticas à gestão.

Com isso,  22 deputados formam o blocão. Entre eles, não têm seguido o Governo: Álvaro Porto (PSDB), Edson Vieira e Romero Albuquerque (UB) e Lula Cabral (SD). Dos 18 mais fiéis, 9 são do PP (os oito e Romero Sales Filho, mais próximo ao PP que ao UB).  

O blocão será coordenado pelo vice-líder do Governo, Joãozinho Tenório (PRD), que nega a ideia de ter surgido para alterar a composição de Finanças e garantir a aprovação do PL 1.671. Nos bastidores, parlamentares apontam falhas do Governo.

Não houve conversa com os líderes das bancadas. O líder do bloco deveria ser do maior partido, o PP. A formação não muda a comissão. E, por fim, enfraquecerá o líder do Governo Izaías Régis, que não tem agradado ao Palácio.

RECADO AO MINISTRO
O deputado Clodoaldo Magalhães (PV), vice-líder da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) na Câmara, divulgou nota afirmando não ser prematura a indicação de um nome para vice do prefeito João Campos (PSB) à reeleição. O recado chegou horas após o ministro Silvio Costa Filho dizer ao Blog Cenário que a federação deixe o prefeito à vontade para compor sua chapa.

AMPLITUDE
O forrozeiro Assisão, de Serra Talhada,  é um dos homenageados do São João do Recife. Segundo o prefeito João Campos, a escolha de um sertanejo mostra que o ciclo não é só da capital, mas do Estado.

DESENHO
A vaga de vice na chapa da prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), fica com o Avante. O mais cotado é o médico Leirson Magalhães, primo de Sebastião Oliveira, presidente da sigla.

MUNICÍPIOS
O VII Congresso da Amupe termina hoje com palestra do jornalista Caco Barcelos. Às 11h, no Centro de Convenções.

 

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