Para além dos R$ 13 bilhões da Stellantis em Goiana, coragem e decisão política

Montadora anuncia investimentos em Pernambuco de 2025 a 2030 e amplia compromissos do Estado

Da esquerda para a direita, presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Capellano; governadora Raquel Lyra; deputado estadual Mário Ricardo; e o prefeito de Goiana, Eduardo Honório - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Coragem e decisão política há dez anos mudaram a realidade de Goiana, município na Zona da Mata pernambucana. A postura adotada pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, hoje presiden­te de novo, pelos ex-governadores Eduardo Campos e João Lyra Ne­to e pe­lo grupo automotivo Stellantis ainda reverberam.

O presidente da montadora na América do Sul, Emanuele Cappellano, a­nun­­ciou ontem que do montante de R$ 30 bilhões a serem investi­dos no Brasil, entre 2025 e 2030, quase metade - R$ 13 bilhões - se­rá destinada ao polo automotivo, impulsionando a economia de Pernam­bu­co e beneficiando Estados vizinhos, especialmente a Paraíba.

A mesma coragem e decisão política que ontem a governadora Raquel Lyra exaltou agora estão no seu colo, com o compromisso de aliar uma indústria automobilística ao desenvolvimento sustentável.

"Quando a gente promove desenvolvimento econômico com justiça social, a gente está seguindo as melhores práticas que o mundo exige. Estou muito confiante de que o novo ciclo que vem pra cá é muito melhor que o do passado", contextualizou a governadora. Hoje a Stellantis é responsável por 15 mil empregos diretos na região.

Na prática, a governadora vai precisar de coragem, decisão política e recursos para, em paralelo aos avanços da empresa, oferecer infraestrutura no entorno. Informa que estão sendo investidos R$ 150 milhões nas obras da PE-15, construído o Terminal Integrado de Igarassu, e há quase R$ 1 milhão disponível para perfurar poços na região e garantir água aos mais de 80 mil habitantes de Goiana.

Até o fim do primeiro semestre promete lançar a primeira etapa do edital do Arco Metropolitano Sul, saindo da BR-232, em Moreno, até Ipojuca. A obra, incluída no Novo PAC, está orçada em R$ 1,3 bilhão, metade do Governo Federal e metade do Estado. Paralelamente às obras do Eixo Sul, o Governo vai focar na elaboração do projeto para o Eixo Norte, que deverá contar com parceria privada.

EMENDAS PARA TRANQUILIZAR
O não pagamento das emendas é o motivo da insatisfação da maioria dos parlamentares na Assembleia Legislativa. A declaração foi do deputado João Paulo Costa (PCdoB) em entrevista à Rádio Folha. "Isso não é opinião. É uma certeza. Liberando as emendas, os projetos do Executivo estadual serão aprovados com mais tranquilidade", admitiu.

SEM MIOPIA
"Não somos míopes para as dificuldades (enfrentadas pelos gestores), mas não nos furtamos de cumprir nosso papel", disse o presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco, conselheiro Valdecir Pascoal, ao divulgar o relatório que aponta 1.504 obras paradas ou abandonadas em todo o Estado.

INCENTIVO
O presidente do TCE-PE ressaltou ainda a importância dos projetos para obras públicas. Registrou que quando há fragilidades, geralmente, a coisa desanda. E enfatizou a necessidade de divulgar o relatório: "Estimula o gestor a correr para resolver os problemas".

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