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Políticos de Pernambuco saem em defesa do padre Júlio Lancellotti, alvo de CPI em São Paulo

Religioso é referência nacional na defesa da população em situação de rua

Padre Júlio Lancellotti - Foto: Reprodução do Instagram @padrejulio.lancellotti

A vereadora do Recife Liana Cirne (PT), as deputadas estaduais Rosa Amorim (PT) e Dani Portela (PSOL), os deputados federais Pedro Campos (PSB) e Carlos Veras (PT) e o senador Humberto Costa (PT) estão entre os nomes da política pernambucana que, nas redes sociais, saíram em defesa do padre Júlio Lancellotti.

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou a criação de uma CPI das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), tendo como alvo principal o religioso, referência na defesa da população em situação de rua.

"Sabemos que essa população é uma das vítimas mais cruéis da lógica do neoliberalismo", declarou a vereadora, aproveitando para usar como #tbt o vídeo do dia em que foi sancionada no Recife a Lei Padre Júlio Lancellotti. Ao lado do prefeito João Campos, conversou por telefone com o religioso.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Dani Portela, considerou a CPI "um absurdo". "O padre é reconhecido por seu trabalho voluntário de décadas voltado aos mais pobres. Minha solidariedade contra essa perseguição da direita paulista!", afirmou.

A deputada Rosa Amorim reforçou as declarações: "Uma perseguição política ao trabalho de solidariedade e combate à aporofobia (ódio aos pobres) que o padre tem mantido de forma incansável."

"A criação da CPI, que mira o padre Júlio Lancelotti, é pura perseguição de vereadores bolsonaristas da Câmara de São Paulo. O trabalho humanitário realizado pelo religioso e pela Diocese, que segue os preceitos cristãos, é fundamental para amparar pessoas em situação de rua", reagiu Carlos Veras, um dos líderes da bancada pernambucana na Câmara.

Pedro Campos e Humberto Costa recorreram à frase do arcebispo emérito de Olinda e Recife Dom Helder Camara: “Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista.”

O deputado comparou a atuação dos religiosos. "No tempo da ditadura, Dom Helder imortalizou essa frase. Hoje, em plena democracia, o padre Júlio não é “chamado de santo” nem por “dar comida”."

O senador petista registrou que o arcebispo já denunciava a perseguição política. "Ele também, vítima dos poderosos políticos. Dom Helder foi alvo dessa mesma vilania, que, hoje, vive o padre Júlio Lancellotti. Não passarão!".

A Arquidiocese de São Paulo divulgou nota de repúdio e o padre lembrou não ser ligado a nenhuma entidade. Outras instituições também se solidarizaram. 


Agradecimento especial
Em seu discurso de despedida da presidência do Tribunal de Contas do Estado, o conselheiro Ranilson Ramos vai agradecer à Casa, aos Poderes, aos órgãos do Governo. E, especialmente, a prefeitos e prefeitas, pela parceria na ação para zerar os lixões e fortalecer as políticas para primeira infância. A solenidade será na segunda (8), quando o novo presidente, Valdecir Pascoal, toma posse. Às 17h, na Esmape, na Ilha do Leite.  

VIOLETA > Prefeita em exercício do Recife, Isabella de Roldão reuniu representantes de várias scretarias e da Procuradoria-Geral da cidade. Quer aprimorar o Protocolo Violeta, traçar novas ações para a proteção das mulheres e ampliar a prevenção no  Carnaval.

DENÚNCIA > O vereador do Recife Hélio Guabiraba foi "expulso" do Córrego da Loira, Zona Norte, por uma moradora. Aos gritos, ela mandou que ele saísse por não ser autor da obra no local. O parlamentar disse para ela "se internar". Pode ser denunciado por capacitismo. Por telefone, ele negou estar na comunidade, mas vídeo com imagens tremidas registra sua presença.

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