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Prefeito do Recife garante fazer dever de casa e só discutir eleições mais perto do pleito

João Campos afirma reservar 85% do tempo para questões administrativas e 15% para política

Prefeito do Recife, João Campos (PSB) - Foto: Arthur Mota // Folha de Pernambuco

Um gestor de agenda lotada, cheio de planos, projetos, dinheiro. Em um clima de leveza. Empolgado para falar das pautas administrativas, das obras que pulsam na cidade e dos muitos desafios a enfrentar.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Em uma conversa com a equipe da Folha de Pernambuco, que durou pouco mais de uma hora, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), não deixou de responder, mas não se deteve nas questões político-partidárias.

Um dia depois de tornar-se protagonista da solução para a redistribuição do ICMS entre os municípios, acredita que a população do Recife vai entender a decisão. A capital abriu mão de R$ 7,5 milhões para ajudar 23 cidades,  com menos de 30 mil habitantes, que iriam perder recursos e ficariam com os serviços básicos comprometidos.

"Na minha vida, eu não me acostumei a fazer conta pequena. Os sete milhões e meio valem muito menos para o Recife do que para todos esses que estavam com a água no nariz", comparou, garantindo não ter sequer olhado a lista. Destacou que o ambiente da política não é para ser eternamente de disputa, mas de solidariedade.

"A nossa prática tem que caber dentro do discurso", ressaltou, lembrando ter-se colocado à disposição para ajudar. "Estranho seria se eu tivesse dito isso, recebido uma ligação do deputado Álvaro Porto (presidente da Assembleia Legislativa, que mediou a conversa), e dito que isso não tem nada a ver comigo, que estou cuidando do Recife e esses pequenos que se juntem. Eu não sou assim", justificou.

O prefeito descartou que a decisão esteja relacionada com os planos para disputar o Governo de Pernambuco em 2026.  "Infelizmente ninguém encontrou uma solução, e cada um faça a leitura que quiser."

E se antes é possível pensar em quem estará na condição de vice nas próximas eleições, a resposta é deixar essa decisão para depois, quando o pleito estiver mais próximo.

"Aqui 85% do tempo é de trabalho e entrega. Os outros 15%, para política. Se eu começar a pensar em eleição agora, esses números ficarão ao contrário."

Assegurou estar trabalhando de forma intensa. E várias vezes declarou estar fazendo o dever de casa. "E vou continuar trabalhando, porque o que as pessoas esperam de mim é que eu possa trabalhar pela cidade", enfatizou.  

 

Uma pauta sobre investimentos
O ex-candidato ao governo de Pernambuco e superintendente da Sudene, Danilo Cabral, teve seu primeiro encontro institucional com a governadora Raquel Lyra. Ele havia convidado para a posse, em julho, para reunião do conselho deliberativo, pediu agenda. E não ocorreu. Ontem o convite partiu da gestora. Discutiram, em reunião no Palácio das Princesas, a atração de investimentos para o Estado.

ESPERANÇA > Na última assembleia da Amupe este ano, ontem em Gravatá, muitos municípios comemoraram a aprovação do projeto do ICMS, especialmente os cerca de 60 que já sabem da perda do Fundo de Participação em 2024. Entre eles, Água Preta, Gameleira, Ribeirão.

BALANÇO > Vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL) faz hoje a prestação de contas anual. A partir das 16h, no Parque das Graças, Zona Norte. O parlamentar, que não disputará a reeleição, anunciará apoio a Carol Vergolino e Nise Santos,  pré-candidatas à Câmara Municipal.

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