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Prefeito do Recife, João Campos dá asas ao futuro vice e fortalece seu nome para possível sucessão

A partir de hoje, Victor Marques coordena grupo que vai apresentar ajustes e inovações para a próxima gestão

À esquerda, Victor Marques (PCdoB), vice de João Campos (PSB), prefeito reeleito do Recife - Foto: Rudolfo Loepert / Divulgação

O prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), nunca poupou elogios ao nome que escolheu para ser seu vice, o também engenheiro Victor Marques (PCdoB). Ontem, ao indicá-lo como coordenador do grupo de trabalho responsável por modificar a estrutura administrativa da prefeitura, referendou sua decisão.

Fortalece o ex-chefe de gabinete como sucessor diante das articulações que hoje indicam sua disposição de disputar o Governo de Pernambuco em 2026. Mostra que está longe de querer trabalhar ao lado de um vice meramente decorativo. 

O nome de sua inteira confiança terá como desafio apresentar ajustes e inovações. Vai precisar dinamizar as ações e entregar e ao mesmo tempo contemplar, de alguma forma, os aliados, especialmente alguns que não conseguiram se reeleger.

Reconhecido pelo bom desempenho nos bastidores, Victor Marques é hoje, segundo o próprio prefeito, a pessoa que mais conhece o funcionamento do Executivo municipal. E faz questão de enfatizar ser de uma gestão com 85% de aprovação popular.

"Victor traz aquilo que eu acredito que a política precisa ter. É o equilíbrio entre a política e a gestão. É a capacidade de fazer gestão.  Esse equilíbrio da política com a técnica é muito importante", sustentou, durante entrevista ao programa Roda Viva na segunda-feira, 28 de outubro.

Conhecer a dinâmica das ruas, fazer contato direto com as comunidades, estar mais perto do povo são outros passos. E como o prefeito também já registrou, "cada tempo tem as suas escolhas".

As atividades começam hoje, depois de formalizada no Diário Oficial a composição do grupo de trabalho, integrado pelos secretários de Governo, Aldemar Santos; de Finanças, Maíra Fischer; de Infraestrutura, Marília Dantas, e de Planejamento e Gestão, Felipe Matos.

Senado, ministério e pressão
A senadora Teresa Leitão negou, em entrevista à Rádio Folha, ter sido convidada para compor o ministério do presidente Lula. "Quem fez essa campanha foi Silvio Costa. Não para eu ser ministra, mas para ele ser senador. Acho muito ruim", observou. Disse que a bancada do PT está muito atenta ao que se passa no Senado e não existe mudança ministerial prevista. "O que existe é pressão."

Cidadão
Mais novo cidadão pernambucano, o secretário da Fazenda, Wilson José de Paula, agradeceu a cada secretário e à governadora Raquel Lyra a oportunidade de assumir a pasta. "Parece um momento de CPF, individual, mas é coletivo", afirmou em discurso de improviso na Alepe ontem à noite. A governadora não compareceu.

Orgulho
Autora da homenagem a Wilson de Paula, a deputada Débora Almeida ressaltou que o secretário faz um trabalho "silencioso, invisível e muitas vezes impopular". Lembrou também que é preciso ter coragem para ser honesto no serviço público. E destacou sentir orgulho do seu desempenho.

Escanteio
Aliados têm evitado comentar sobre a possível ida da governadora Raquel Lyra (PSDB) para o PSD. Do outro lado, há quem acredite que, após conquistar 32 prefeituras, ela não saia do partido. “Seria como chamar para uma festa e deixar os convidados escanteados”, observa o deputado Sileno Guedes (PSB).

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