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Prisão em Toritama reacende debate sobre violência de gênero na política

Vereadora considera uma conquista, mas entidade observa que situação está longe de ser confortável

Vereadora de Toritama, Carol Gonçalves (PSDB) denunciou violência de gênero - Foto: Reprodução

A prisão preventiva de José Claudemir de Oliveira, conhecido como Sinal, diretor de feiras da cidade de Toritama, no Agreste pernambucano, mostra pequenos avanços e a insuficiência da lei aprovada em 2021 para prevenir, reprimir e combater a violência política contra as mulheres.

A vítima, a vereadora Carol Gonçalves (PSDB), 28 anos, afirma que desde 2023, quando passou a ser oposição, vem sendo alvo de ataques. A situação se agravou este ano. O acusado passou a taxá-la de usuária de cocaína e recorreu a fotos de suas redes sociais para fazer montagens e constrangê-la publicamente.

A parlamentar,  em seu primeiro mandato, prestou queixa por ‘injúria eleitoral’. “Era uma tentativa de conter o dano. Eu estava com medo de sair às ruas até para panfletar”, afirma a candidata à reeleição.

Em audiência na última terça-feira, no fórum da cidade, foram a promotora Wanessa Kelly Almeida Silva e o juiz Marcos José de Oliveira que atentaram para maior gravidade do fato. Depois de o réu, sobre quem pesam outras 16 ações, recusar retratar-se, as autoridades consideraram a denúncia ‘crime de violência eleitoral’. O magistrado expediu mandado de prisão e Sinal foi levado ao presídio de Santa Cruz do Capibaribe.

“A Justiça mostrou que não tolera esse tipo de comportamento, especialmente contra mulheres que, como eu, estão na política para promover mudanças com respeito e democracia”, registrou a vereadora no Instagram.

Para o Instituto Alziras, que defende ampliar a participação de mulheres na política, a realidade está longe de ser confortável. "Desde 2021, foram monitorados 175 casos de violência política de gênero e apenas 12 viraram ações penais eleitorais. Houve só uma condenação até janeiro de 2024”, aponta.

O advogado de defesa Denys Ricardo de Oliveira Alves não foi localizado ontem. Até o início da noite, Sinal continuava preso.

Evitando comparações
“Não me confundam com Júnior Matuto.” Este é o apelo feito aos eleitores pelo candidato à Prefeitura de Paulista Francisco Padilha (PDT). À Rádio Folha FM 96,7, o ex-assessor do também candidato Junior Matuto (PSB) disse que associar sua imagem à do ex-prefeito tem sido estratégia dos adversários. "Não quero me associar à imagem de nenhum político da cidade. Quero me associar à imagem do povo de Paulista", enfatizou.

Fidelidade
O deputado Gilmar Júnior (PV) acelera o passo e marca presença no interior de Pernambuco. Já passou por Taquaritinga do Norte, Garanhuns, Caruaru, Arcoverde e Serra Talhada, apoiando candidatos da enfermagem. Quer mais atenção à saúde.

Reconhecimento
Ao lado do presidente Lula e da ministra da Saúde, Nísia Trindade, o senador Humberto Costa (PT) recebeu a medalha Oswaldo Cruz na categoria ouro. A honraria é a maior concedida aos que contribuem com a saúde dos brasileiros.

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