Priscila Krause defende nacionalizar as discussões sobre segurança pública
Em reunião com Lula, governadora em exercício apelou para que dirigentes não percam o foco
Longe de qualquer afinidade político-ideológica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a governadora de Pernambuco em exercício, Priscila Krause (Cidadania), cumpriu agenda institucional e participou pela primeira vez, em Brasília, de reunião organizada pelo chefe do Executivo nacional com os governantes estaduais.
Depois de quase dois anos, a administração federal apresentou a proposta de emenda à Constituição (PEC) da segurança pública e quis ouvir os gestores sobre o assunto.
Diferentemente da maioria dos governadores, Priscila Krause não exaltou a iniciativa. Registrou que o momento era histórico para se discutir nacionalmente um problema daqui, dali, dacolá. E enfatizou que, sozinhos, os Estados não conseguirão resolver, por exemplo, assuntos como o crime organizado.
Embora esteja previsto na Constituição ser da competência de cada unidade da federação cuidar da segurança, deixou claro que o projeto a ser desenvolvido precisa ser mais amplo.
“Hoje é uma etapa importante, mas esse debate promete ser longo e profundo.” E fez um apelo para que os dirigentes não percam o foco. “Não nos percamos em politização ou ideologização de um assunto que desperta idiossincrasias profundas. A gente precisa se desnudar e enfrentar essas questões, porque isso diz muito do projeto de nação que nós queremos", provocou.
Defendeu ainda um debate transparente, sereno, em defesa do interesse público.
A PEC dá à União o poder de coordenar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Amplia as competências das Polícia Federal e Rodoviária Federal, e cria um Fundo Nacional de Segurança Pública e Política Penitenciária.
Disposição nas urnas
O prefeito reeleito de São Lourenço da Mata, Vinicius Labanca (PSB), defendeu que o prefeito João Campos (PSB) seja candidato ao Governo do Estado em 2026, mesmo que a governadora Raquel Lyra (PSDB) tenha a gestão bem avaliada. "Não é demérito se João perder a eleição para ela", declarou à Rádio Folha FM 96,7.
Na ativa
A saída de três dirigentes do PSOL ligados a Dani Portela não vai mudar, pelo menos por enquanto, a rotina da deputada. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, ela quer ampliar as articulações com os colegiados do Rio e do Ceará, por exemplo.
Cautela
Integrantes do bloco suprapartidário contrários à reeleição do deputado Gustavo Gouveia para a primeira secretaria da Assembleia Legislativa dizem que o menos importante agora é indicar nomes para o cargo. A um mês da eleição, estratégia é evitar desgaste.
Ditadura
O Conselho Universitário da Universidade de Pernambuco aprovou homenagear 12 docentes, estudantes e servidores perseguidos durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985). Será no dia 25, às 9h, no auditório da Faculdade de Administração e Direito da UPE