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Próxima ao presidente Lula, governadora de Pernambuco ainda está longe do projeto petista

Raquel Lyra mostra afinidade com líderes do PT e do Governo Federal, mas não diz se é a favor da reeleição de Lula

Governadora Raquel Lyra vistoria obras na PE-060, no trecho do Cabo de Santo Agostinho - Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

Desde que assumiu a administração de Pernambuco, em janeiro de 2023, a governadora Raquel Lyra (PSDB) vem em uma aproximação crescente com os petistas. Tem bom trânsito com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros e mantém com a bancada estadual e federal uma relação estreita.

Nos últimos dias, ganhou força a possibilidade de parte do PT apoiar sua reeleição em 2026. “Quando muitos diziam que seria impossível, restabelecemos a relação com o governo federal”, cravou ontem, durante a primeira visita a obras este ano. Vistoriou intervenções na PE-60, PE-09 e PE-51, todas no Litoral Sul. 

Admitiu a aproximação, enfatizou a relação sólida com o Executivo federal e, sem adiantar nomes nem dia, informou que na próxima semana vai receber ministros e com eles visitar algumas iniciativas desenvolvidas em parceria. O obstáculo entre o Partido dos Trabalhadores e Raquel Lyra é a indisposição da gestora de declarar apoio à reeleição do presidente Lula, em 2026. 

Se é mesmo disso que o PT precisa para rever a decisão e não mais ser, oficialmente, oposição à governadora, vai ter de esperar um pouco mais. “Nós estamos em 2025. Meu ano é de trabalho”, sustentou ao ser questionada sobre as próximas eleições.

A resposta chega também um dia depois de o senador Humberto Costa (PT), em entrevista à Rádio Folha, condicionar apoio a qualquer candidatura ao Governo, em 2026, ao compromisso com a renovação do mandato de Lula até 2030.  

Os dois, no entanto, estão abertos ao diálogo. “Tenho conversado com Humberto desde sempre”, declarou. 

Perfil do secretário de Educação
O novo secretário de Educação de Pernambuco deverá ser técnico e político. “Todo mundo tem que fazer as duas coisas”, destacou a governadora Raquel Lyra. A menos de 15 dias para início do ano letivo, a pasta está sem titular. A gestora assegura que o interino, Gilson Filho, tem experiência, e o Governo vem trabalhando para garantir estrutura das escolas e receber alunos de braços abertos.

Sem mais trocas
Com pauta voltada para a Educação, o deputado Renato Antunes defende que o futuro secretário seja técnico. Lembrou que 2026 é ano de eleição e se o nome for político pode significar uma terceira mudança na área para disputa eleitoral. “Não é salutar uma pasta ter trocas sucessivas”, alertou, em entrevista à Rádio Folha.

Confusão
Azedou de vez a relação entre o presidente estadual do PV, Clodoaldo Magalhães, e o do Recife, Marco Aurélio Filho, que teve o nome referendado para presidir o diretório municipal. O deputado nega e diz que o comando da legenda na capital está com Marciana Dias.

Arrumação
O prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, reclama da falta de controle urbano e se prepara para mudanças. “Muitas áreas  invadidas. Porto de Galinhas precisa de adequações e elas serão feitas após o Carnaval. Não dá para mexer agora, o fluxo é muito grande”, explicou.

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