Um presidente sem a unanimidade de antes, mas disposto a manter a soberania da Assembleia
Casa antecipa votação e reelege deputado Álvaro Porto para o biênio 2025-2026
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, eleita ontem por antecipação para o biênio 2025-2026, toma posse em fevereiro de 2025. Perdeu a única presença feminina em sua composição - a deputada Socorro Pimentel (União Brasil). A vaga de 3º secretário será agora de Romero Sales Filho.
A mesa ficou também sem as duas vagas para o PSB, partido que tem a maior bancada (12 parlamentares). Os peessebistas garantiram a 1ª vice-presidência, com Francismar Pontes, mas não conseguiram a 2ª. Diogo Moraes conquistou 19 votos e Fabrizio Ferraz (Solidariedade) surpreendeu. No segundo turno obteve 25 votos. Houve apenas um nulo.
Teoricamente o espaço caberia à Federação (PT, PV e PCdoB), contemplada com Doriel Barros (PT) na primeira suplência. No início da legislatura, o deputado bateu chapa com Francismar para o mesmo cargo, perdendo por 23 votos a 25.
Diferentemente do registrado na eleição para o primeiro biênio 2023/2024, presidente e 1º secretário não consolidaram a unanimidade. Ambos tiveram 40 votos. Houve cinco brancos e um nulo. "Acho até positivo, porque alguns deputados não concordaram em antecipar a eleição, apesar de estar tudo dentro da legalidade. É normal", avaliou o presidente reeleito, deputado Álvaro Porto (PSDB), acreditando que será desnecessário aparar arestas.
"Não tem nenhuma aresta para aparar. Acho que está todo mundo bem, todo mundo tranquilo. Independentemente da nossa votação, ganha a Casa, ganham os parlamentares. E a gente vai continuar trabalhando pela união e para fortalecer cada vez mais o Poder Legislativo. A harmonia e a soberania da Casa permanecem". enfatizou Álvaro Porto.
O secretário Gustavo Gouveia (Solidariedade) foi reconduzido ao cargo. Claudiano Martins Filho (PP), Romero Albuquerque (União) e Alberto Feitosa (PL) ocuparão as 2ª, 3ª e 4ª secretarias.
Fora do consenso, deputado vira o jogo
Único nome a não compor a chapa de consenso definida na segunda à noite, o deputado Fabrizio Ferraz disse que sempre teve vontade de integrar a Mesa Diretora. Em seu segundo mandato na Alepe, o sentimento agora é de gratidão. Na 1ª votação, teve 21 votos contra 24 de Diogo Moraes, que precisava de 25. No 2º turno, ficou com 25 e Diogo, com 19. "Faz parte do jogo político. Quem pode ficar decepcionado é quem não disputou", argumentou Diogo Moraes.
BREVE > Na segunda, quando voltou de licença, o deputado Antônio Moraes (PP) afirmou não ter ficado ressentido com a decisão da Comissão de Justiça. Na ausência do presidente, o colegiado aprovou a proposta de antecipar a eleição para a mesa. Ontem, votou e não esperou sequer o resultado. Acabou sem participar do 2º turno para a 2ª vice-presidência.
AUDIÊNCIA > A Comissão de Cidadania e a de Segurança discutem o aumento da violência e a ausência de um plano de segurança. O encontro é promovido pela deputada Dani Portela (PSOL) e pelo deputado João Paulo (PT), a pedido do Fórum Popular de Segurança Pública. Será amanhã, às 14h, no Auditório Sérgio Guerra, na Assembleia.