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Uma aliança que pode custar caro

Prefeito do Recife fez sua primeira ofensiva um dia após o PV decidir apoiar o Governo Raquel Lyra

Prefeito do Recife, João Campos (PSB), reúne candidatos a vereador pelo Partido Verde - Foto: Divulgação

Não vai sair barato a decisão do presidente estadual do Partido Verde, deputado Clodoaldo Magalhães, de aderir à base do Governo Raquel Lyra (PSDB). Um dia depois do anúncio, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), fez a sua primeira ofensiva.

Reuniu 12 dos 13 candidatos a vereador pela legenda; um dos fundadores do PV em Pernambuco Vicente Roque; e o deputado estadual João de Nadegi, que na Assembleia Legislativa tem votado com a governadora. Flávia de Nadegi, irmã do deputado, é uma das apostas do partido para a Câmara do Recife.

Hoje o PV tem dois representantes na Casa de José Mariano: os vereadores Victor André Gomes e Marco Aurélio Filho, que preside a legenda na capital. Juntou o grupo para ter assegurado o apoio referendado pela federação PT, PV, PCdoB, na convenção do dia 4, e garantir reciprocidade.

“Aprendi a somar, juntar, agregar. Contem com a gente nessa eleição. Tem que jogar unido para fazer a defesa ou para dar uma goleada”, estimulou.

Ontem o deputado Clodoaldo Magalhães rechaçou ter sido movido pela raiva para virar base de Raquel Lyra. Negou que a decisão esteja relacionada a Água Preta, cidade da Mata Sul onde o PSB tirou a comissão provisória do seu irmão, o ex-prefeito Noé Magalhães, que foi preso e teve o mandato cassado.

Afirmou que o PSB não arregimentou forças para elegê-lo deputado federal, em 2022. “As pouquíssimas bases do PSB que votaram em mim para federal votaram contra a orientação do partido”.

Registrou ter passado um ano “levando pancada de membros do PSB” que não apostavam em sua candidatura após quatro mandatos estaduais. E em momento algum, diz, respondeu aos ataques. “Não alimento raiva, muito menos decido baseado nela”, sustentou.

Missão do partido
Vereador do Recife por seis anos, o deputado estadual Renato Antunes (PL) garantiu em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 que vai às ruas reforçar a campanha de Gilson Machado (PL) a prefeito. “Vou. Não para defender Gilson, mas para defender a pauta liberal e conservadora que acreditamos ser importante.” Antunes teve o nome lembrado para a disputa, mas o PL decidiu apostar no ex-ministro.

Clima amistoso
Dez dias após mandar presente de aniversário ao presidente da Assembleia, Álvaro Porto, a governadora Raquel Lyra se encontrou com o deputado ontem em Palácio. Em cerca de 40 minutos, regados a água e café, agradeceu apoio, explicou projetos e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que tramita na Casa desde o dia 1º. Também participaram Álvaro Mendonça e os secretários Fabrício Marques e Túlio Vilaça.

Mamógrafo
Na segunda, quando o PV participou da 1ª agenda com Raquel Lyra, na condição de base do Governo, o presidente do PCdoB no Recife, George Braga, também estava. Para funcionar, o mamógrafo entregue ao Hospital Oswaldo Cruz precisa de autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Braga é assessor da ministra Luciana Santos.

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