Salar de Uyuni: tudo sobre o maior deserto de sal do mundo!
No roteiro, monumento Dakar, vulcões, lagoas e os famosos geysers!
Prepare-se que a gente vai viajar pra um lugar incrível e único no mundo: o Salar de Uyuni, na Bolívia. A expedição teve início na cidade de Uyuni, onde a bordo da Al Extremo embarcamos nessa aventura e neste post contamos tudo pra vocês, vamos lá? Acompanhe a gente também no Instagram, onde você pode receber várias dicas de viagem e conhecer paisagens incríveis! É só clicar AQUI!
Dia 01 - Para quem sai de La Paz em direção à Uyuni, a opção mais econômica é ir de ônibus. A passagem custa cerca de R$ 250 (cama-leito). São 10h de viagem, a dica é ir à noite pra descansar mais e já economizar uma diária de hospedagem. Saída: o grupo se junta na agência Al extremo, no centro de Uyuni. Lá, são formados os grupos de cada veículo, as bagagens maiores colocadas em cima do carro 4×4 e somente o que vamos usar ao longo do dia levamos junto conosco. Perto da agência há comércio para compra de água, biscoitos, etc. A bagagem de cima do carro só é retirada no final do dia quando chegamos ao primeiro hotel.
A primeira parada é no famoso Cemitério de Trens. Locomotivas australianas e francesas de 1870 que foram abandonadas e se tornaram atrativos turísticos. O lugar é massa e dá pra entrar e subir nos trens pra fazer fotos e vídeos incríveis! Por lá, também tem uma área com bonecos gigantes em aço, que ficam juntos ao estacionamento. Depois, vamos até a comunidade Colchani, onde há uma feirinha de artesanatos e observamos o processo de produção do sal. Pra quem quer comprar souvenirs de sal este é o lugar, tem de tudo, inclusive o saquinho de sal do Salar pra usar no preparo da comida ou apenas pra guardar de recordação.
Continuando nossa expedição, entramos de fato no impressionante Salar. Leve óculos porque de tão branco chega a doer a vista. Giramos 360 graus e só vemos sal, tudo branco a ponto de “perder” até a linha o horizonte. Paramos no monumento do Rally Dakar e pelo caminho vemos ainda os ojos de sal, “buracos” espalhadas pelo Salar causados pela cristalização do sal. Ao colocar a mão por dentro da água a gente percebe embaixo da placa de sal pedras cristalizadas. Parecem joias mas são todas sal. Almoçamos no restaurante junto do famoso Hotel de Sal, que há 20 anos funciona como museu. Tudo de sal, das paredes aos bancos e mesas. Todas as refeições já estão inclusas na expedição, assim como a hospedagem, ok? Na frente do restaurante, há diversas bandeiras deixadas por turistas. Todo mundo faz foto lá!
Ao entrarmos no Salar de Uyuni, uma janela infinita de possibilidades nos abre. Use e abuse de sua criatividade pra fazer fotos divertidas! Junto do monumento do Dakar, perto do hotel de sal, ficam uns garotos fazendo fotos bem bacanas. Eles já levam de tudo, tênis, bonecos, etc. A ordem é brincar com a perspectiva do lugar. Dez fotos custam 20 bolivianos e vale muito a pena. Claro que se você estiver acompanhado dá pra fazer. Mas pra ganhar tempo e não ter erro na foto vale sim fazer com eles. Tendo algum produto específico que você queira usar aí sim deve levar na mochila.
As fotos ficam show! Ah, os guias da @uyuni.alextremo são excelentes e também mandam muito bem nas ideias pra fotos! Nosso guia foi Fred, um cara super prestativo, atencioso e que fez vídeos e fotos incríveis ao longo do tour. Estar com um grupo alto astral é fundamental nessa trip.
Cada noite a gente dorme num local diferente, isso porque a expedição sai de um ponto e vai percorrendo o Salar. Há opção de quartos privativos ou compartilhados, assim como banheiro individual ou coletivo, isso faz variar o preço de seu pacote de viagem. O visitante deve levar itens de higiene pessoal como papel higiênico, sabonete, shampoo, etc. Tem energia todo o dia, em alguns apenas nas tomadas há um racionamento de energia com horário reduzido, então já se informa pra poder carregar os celulares, câmeras, etc. No mais, o hotel é confortável, nele são servidos o café da manhã e jantar. Há opção para os vegetarianos, desde que previamente seja informado. O almoço é servido em meio aos passeios. Vale a pena levar algo que a gente goste de comer? Sim! Barrinha de cereal, chocolate, refri. Mas não faça uma feira achando que terá pouca comida, pois será desnecessário.
Cactus Gigantes: Seguimos para a inacreditável “ilha” de cactus Incahuasi. Eles crescem 2cm por ano e o mais alto por lá tem 13m. Parece um cenário de cinema. A entrada custa 30 bolivianos. Mesmo quem não paga consegue fazer fotos e vídeos mostrando o lugar do lado de fora. Mas é tão impressionante o cenário que vale muito a pena entrar e percorrer a trilha. É de fácil acesso e você faz em poucos minutos. Antes de ir pro hotel, ainda passamos no Labirinto Inti, todo em pedras de sal. Parece fácil mas é muito difícil achar a saída, acho que fiquei pelo menos meia hora no zig zag tentando sair. É bem divertido. No final do dia, chegamos ao Hotel San Juan, cujo piso é todo de sal inclusive em alguns quartos.
Dia 02 - No segundo dia de expedição, nosso destino foi o Salar de Chiguana, junto à fronteira com o Chile. De lá, observamos o vulcão Ollague que é ativo pertencendo metade ao Chile metade à Bolívia. Precisa reservar hotel pra sua viagem? É só clicar AQUI! Depois, seguimos para observação das “lagunas”, as famosas lagoas da região. No trajeto entre os atrativos ainda somos presenteados com lhamas passeando com toda sua elegância por um cenário que parece uma pintura. Se liga que a gente tem um programa imperdível no nosso canal do Youtube sobre La Paz e arredores, aproveita e já se inscreve! É só clicar AQUI!
A lagoa Cañapa é uma delas. Formada por água vulcânica e água de chuva, chama atenção o branco em sua cor. Trata-se do minério bórax que serve para produção de cerâmica e até de colírio. A outra lagoa é a Hedionda onde vemos várias espécies de flamingos. Almoçamos num restaurante com um mirante incrível! Pós refeição, fomos à lagoa Onda. As lagoas por lá são cheias de flamingos. A coisa mais linda de se ver! Ao contrário do que muitos pensam, eles não se alimentam de peixes pois nestas lagoas não há peixes. Eles comem micro-organismos chamados plânctons. Os animais têm variação delicada de cores, com um binóculo dá pra ver bem a beleza dessa espécie cheia de charme e elegância.
Entramos agora no chamado deserto Silioli onde observamos animais da região como a Viscacha, que parece um coelho. Eles ficam próximos a uma área cheia de rochas e os visitantes dão comida ou fingem ter comida nas mãos. Os bichinhos vão lá conferir. São bem de boa com a aproximação de gente. Seguimos até a famosa Árvore de Pedra, que tem a formação natural pela ação da chuva e do vento. É um dos atrativos mais conhecidos do Salar. Nessa área também há outras pedras enormes que formam um cenário bem bonito. Finalizamos o dia na Reserva Nacional Eduardo Abaroa para ver la laguna colorada. Em vários pontos do trajeto pelo deserto há mirantes, vistas incríveis do lugar. Prepara a bateria extra porque vai precisar durante toda viagem. E seguimos ao segundo hotel da expedição, o albergue de Huayllajara.
Dia 03 - Começamos o terceiro e último dia no Salar de Uyuni bem cedo, às 5h para conhecer os famosos Geysers. A quase 5 mil metros de altitude, observamos o fenômeno natural que encanta pela vaporização da água vulcânica quando encontra a superfície com baixas temperaturas. O resultado são colunas enormes de fumaça que encanta a todos. Pena que o tempo por lá é curto, a vontade é passar horas observando o fenômeno. É algo realmente impressionante. A pressão subterrânea e o choque térmico faz surgir essa coluna em vários pontos dessa região. Alguns deles parecem mais a boca de um vulcão com uma massa borbulhante.
Pra relaxar e se reestabelecer do frio, que tal um banho nas águas termais? É nosso próxima parada. O local chama Polques e conta com restaurante e banheiros. As piscinas têm água variando entre 37° e 39° graus. O ingresso à piscina é opcional e custa 6 bolivianos. Vale muito a pena, pena que o tempo por lá também é curtinho, uns 15 min. Em seguida, vamos ao deserto de Dalí onde está a lagoa verde. E aí você tem a opção de ficar na fronteira com o Chile pra seguir viagem ao Deserto de Atacama ou voltar à cidade de Uyuni (7h de trajeto). A agencia já disponibiliza o tíquete do transfer da fronteira até o centro de San Pedro de Atacama, no Chile. O trajeto é de 45 min. Na fronteira, a bagagem passa por raio X e é preciso preencher um formulário e pagar uma taxa de 15 bolivianos por pessoa.
Serviço: para expedição incrível pelo Salar de Uyuni: @uyuni.alextremo, empresa que atua há 12 anos e oferece tours de 1, 2 e 3 dias. O de 4 dias normalmente é privativo. Os grupos são de até 6 pessoas + o motorista por veículo, trajetos relativamente curtos com paisagens exuberantes e dá pra curtir tudo numa boa, sem perrengue. Fomos num carro confortável e com guia pra lá de experiente! O custo por pessoa da expedição é de 185 dólares (ref. Dez/2024).