CIEPE: contribuição para o setor produtivo de Pernambuco

Divulgação ciepe

Foi durante o último governo de Getúlio Vargas que o Brasil viveu um momento industrial de grande relevância. De caráter nacionalista, o então presidente assumiu a bandeira da industrialização como forma de promover o desenvolvimento econômico do País. No entanto, sua gestão foi marcada também pela forte crise política e grande tensão social imposta por uma postura crítica adotada pela sua oposição, a União Democrática Nacional (UDN).

Foi nesse cenário político que o Sistema FIEPE – que já contava com o SESI-PE e o SENAI-PE, além da própria Federação – criou, em 1953, o Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco. Desde suas primeiras discussões, ainda no ano anterior, o empresário Cid Feijó Sampaio, que trazia com ele a experiência de ter sido o presidente da própria FIEPE, identificava a necessidade de uma maior autonomia política para criticar a elevação dos impostos pelo Governo Federal. 

Assim, criou o CIEPE – Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco - para encabeçar, junto a outros empresários, um movimento empresarial de luta pela redução das taxas. Visibilidade que o levaria ao Governo de Pernambuco anos depois.

Mantido por um corpo de associados, do CIEPE podem participar empresas industriais situadas no estado, bem como outras que, mesmo exercendo atividades distintas, de alguma forma, interajam com o setor industrial e que contribuam para o desenvolvimento de Pernambuco, incluído assim o setor produtivo não representado por uma entidade sindical patronal. 


Massimo Cadorin e Paulo Drummond, presidente e vice do CIEPE

Isso sempre proporcionou uma atuação independente e focada na defesa de interesse e promoção de negócios dos seus associados, além da extensão dos benefícios oferecidos pela FIEPE, SESI, SENAI e IEL aos seus participantes.

Bolsa de resíduos
Antes mesmo da preocupação com o meio ambiente ser algo tão latente na sociedade, o CIEPE implantou em Pernambuco a Bolsa de Resíduos. O programa tinha como principal objetivo a integração entre empresas produtoras de alguns resíduos e possíveis consumidoras dele, facilitando a conversão daquele produto que não seria mais útil para determinada empresa em matérias-primas para outras. 


Diretoria do CIEPE em visita a indústria automotiva

Com isso, além de minimizar os impactos ambientais, a iniciativa também gerou inúmeras oportunidades de negócios e empregos para a indústria e o comércio de Pernambuco e outros estados. Isso porque a iniciativa fez parte de um sistema integrado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que permitia a geração de negócios em âmbito nacional.

Competitividade e geração de negócios
Ao longo dos anos, o CIEPE procurou a modernização e a implantação de novos serviços que agregassem valor aos seus associados. Para isso, criou programas como o Compre Certo e o Sócio parceria. 

O primeiro, com o objetivo de promover um encontro entre um comprador industrial e fornecedores potenciais de bens e serviços, preferentemente localizados em Pernambuco, visando facilitar o processo de compras. Um programa que acabou abarcando a proposta do Bolsa de Resíduos para ampliação dos segmentos. 

Já o Sócio Parceria promove a interação entre os associados, visando a troca de benefícios, tanto para as empresas como também para os seus funcionários, proporcionando a divulgação de produtos e serviços com os respectivos descontos.

Este conteúdo, disponibilizado publicamente em parceria com a Folha de Pernambuco, foi desenvolvido com exclusividade pela equipe da Editora Inspiração para o livro Inspiração Pernambuco, com breve lançamento para 2022.

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