Sabor e Arte no Recife: Explorando a Gastronomia Vibrante e a Cultura Efervescente

Descubra os Segredos do Maior Polo Gastronômico do Norte e Nordeste e Mergulhe na Riqueza Cultural

Brincante do Maracatu de Baque Solto no Carnaval do Recife, 2023. - Brenda Alcântara/PCR.

Em  nosso livro, Inpiração Recife além de explorarmos histórias inspiradoras das empresas parceiras, também contamos com a ajuda de profissionais, históriadores e geografos para contar a história da nossa amada cidade. Desfrute agora de trechos que estarão no capitulo Joia Nordestina.
 

Paraíso dos amantes da boa comida
A culinária típica do Recife é um verdadeiro deleite para os comensais. Os sabores se misturam em um caleidoscópio de aromas e temperos e são resultado da multiculturalidade que foi influenciada pelos indígenas, africanos e portugueses que povoaram a capital pernambucana em seus primórdios.
A diversidade é tanta que concedeu à cidade o título de “primeiro polo gastronômico do Norte e Nordeste”. Além dos pratos, a variedade dos estabelecimentos gastronômicos, com mercados, bares, restaurantes e botecos, torna a experiência culinária do Recife deslumbrante.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o Recife é o terceiro polo gastronômico do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro. A cidade conta com mais de 10 mil estabelecimentos recheados de opções típicas e sofisticadas.
A característica litorânea do Recife está expressa em seus pratos típicos, e, por isso, é possível degustar frutos do mar nos bares espalhados por toda a cidade. Caranguejo, bobó de camarão, sururu, agulha frita, peixada, caldeirada, não faltam opções.

Venda de camarão no Mercado de São José.


A presença da cultura sertaneja de Pernambuco — com carnes variadas e comidas à base de milho e coco — também é facilmente encontrada nos estabelecimentos gastronômicos da capital, onde é possível apreciar arrumadinho de charque ou de carne de sol, galinha cabidela, mão de vaca, chambaril, macaxeira frita, cuscuz, tapioca, munguzá, entre outros.
E o que falar das sobremesas do Recife? A mais famosa delas é a cartola, que consiste em banana frita coberta com queijo coalho ou queijo manteiga assado e polvilhada com açúcar e canela, uma iguaria que só a criatividade recifense foi capaz de criar. Há várias outras opções, como o famoso bolo de rolo, que é Patrimônio Cultural e Imaterial de Pernambuco, bolo pé-de-moleque, bolo Souza Leão, paçoca, cocada e tantos outros doces que são um deleite para os sentidos.

Cartola.


É também pelo paladar que o recifense conquista aqueles que em suas terras pisam. Quem prova o sabor das comidas típicas da cidade fica com o gostinho de quero mais.

Cultura pulsante


Galo da Madrugada, 1978.


Recife é conhecida no Brasil e no mundo pela variedade de suas expressões culturais, e é inegável a grandeza do Carnaval da cidade. A capital pernambucana concentra o maior bloco de rua do mundo, o Galo da Madrugada. O bloco surgiu em fevereiro de 1978, nas ruas de São José, bairro do centro da cidade. Na época, o objetivo dos seus organizadores era resgatar e fortalecer a cultura do Carnaval de rua. A brincadeira cresceu, e hoje o Galo da Madrugada reúne mais de 1 milhão de pessoas a cada edição.
Foi também o Carnaval que incentivou a criação do frevo — uma força musical e coreográfica, com passos que misturam marcha, maxixe e elementos da capoeira —, que nasceu no Recife e foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 
O frevo é tão importante que ganhou duas datas comemorativas: dia 9 de fevereiro, que lembra a primeira vez que o ritmo foi citado pela imprensa, no Jornal Pequeno, do Recife, e 14 de setembro, quando é comemorado o Dia Nacional do Frevo.

Celebração de dez anos do Frevo como Patrimônio Imaterial da Humanidade, 2022.


Outros ritmos típicos da cultura popular também são protagonistas do Carnaval do Recife, como o maracatu, que possui uma forte batida percussiva e vestes típicas que foram influenciadas por religiões de matriz africana; o caboclinho, fundamentado na herança cultural dos indígenas; o coco-de-roda; a ciranda; e o afoxé. É por todo esse legado que a UNESCO reconheceu o Recife como integrante da Rede de Cidades Criativas, na categoria música. 


Brincante do Maracatu de Baque Solto no Carnaval do Recife, 2023.  


A capital pernambucana também foi palco do Manguebeat, movimento de contracultura dos anos 1990 encabeçado por Chico Science e a banda Nação Zumbi. A manifestação genuinamente pernambucana é formada pela mistura entre ritmos da cultura popular, hip-hop e música eletrônica.
O São João é outro ciclo festivo bastante forte no Recife. Realizada no mês de junho, a festa une o lado religioso com o profano. Entre missas e procissões que homenageiam Santo Antônio, São João e São Pedro, o recifense também curte shows de forró e apresentações de quadrilhas juninas, com destaque para o polo festivo montado no Sítio Trindade, no bairro de Casa Amarela.

Apresentação da Quadrilha Tradição no São João do Recife, 2023.

Típico das festas juninas e tão presente na vida dos recifenses quanto o frevo, o forró está geralmente associado a outros ritmos da região, como o baião, o xaxado e o xote. Os ritmos juninos são tocados, tradicionalmente, por trios compostos por um sanfoneiro, um zabumbeiro e um tocador de triângulo.
Além da música e da dança, o Recife é um celeiro das artes cênicas e o ponto de partida para muitos atores e atrizes do Nordeste. Grandes nomes do teatro e do cinema nacional formaram-se nos palcos da cidade, entre eles, Marco Nanini, Fabiana Karla e Lucy Ramos. A capital pernambucana também é berço de Paulo Freire, considerado um dos maiores pensadores brasileiros e referência mundial nos estudos sobre educação.
A cidade possui vários teatros, incluindo o Teatro de Santa Isabel, que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1949. O monumento foi construído e inaugurado em 1850 por Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista, com o intuito de aproximar o Recife dos padrões estéticos europeus. O Santa Isabel é um dos teatros mais antigos ainda em funcionamento no Brasil.

 

Uma cidade que une pioneirismo e inovação 

 Parque das Esculturas.

Diante da grandeza que permeia todos os momentos históricos da cidade do Recife, e de todas as conquistas protagonizadas por seus habitantes, é inegável a relevância que a capital pernambucana tem nos cenários nacional e internacional. Não bastasse um passado de glória, o Recife não cansa de se reinventar e projeta um futuro promissor para seus moradores e visitantes, mantendo o foco na criatividade e na inovação, mas sem esquecer o valor da cultura popular como base de sua formação.


No dia 12 de março de 2037, Recife será a primeira capital do Brasil a completar cinco séculos. Pensando na comemoração dos 500 anos de formação da cidade e, também, nas mudanças que podem ser realizadas até lá, um plano estratégico de desenvolvimento para a capital pernambucana está sendo construído coletivamente.O Plano Estratégico de Desenvolvimento de Médio e Longo Prazos para a Cidade do Recife 2037 está sendo articulado entre a Prefeitura do Recife e o Núcleo de Gestão do Porto Digital, com participação popular. A iniciativa busca ouvir atentamente as demandas dos moradores das diversas regiões da capital e encontrar soluções estratégicas para elas.


O objetivo do projeto é imaginar e construir um Recife ainda mais inclusivo para seus habitantes, com melhoria na qualidade de vida, que depende dos investimentos em diversas áreas, sobretudo no transporte, na saúde e na educação.Como entoou Chico Science, o Recife deseja “modernizar o passado” e, para isso, tem reconhecido e valorizado o maior patrimônio que uma cidade pode ter: seus habitantes. A alegria do povo é causa e efeito de toda a estrutura que move e impulsiona a capital pernambucana, que é pioneira no desenvolvimento social, cultural e econômico desde a sua formação. 


 

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