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A explosão do consumo de óleo de peroba

Rasgar a Constituição é artimanha recorrente dos caras de pau

No geral, o ato de dar brilho costuma ser uma atitude que faz bem aos olhos. Transformar visões opacas em algo mais fulgurante e até mais luminoso é sempre uma boa iniciativa. Para situações onde o concreto está assegurado, existe produto específico capaz de garantir o brilho desejado. 

Nessa perspectiva de revelar um agente que traga tal resultado, o óleo de peroba tem sido uma das  referências de uso. Nesse aspecto, sua aplicação sobre a madeira já o consagrou como um produto altamente eficaz. Assim, para o meu propósito analítico, o recurso de trazê-lo para este texto tem algum fundamento. Afinal, com a essa colônia de caras de pau, a demanda deve estar superaquecida.

O interessante dessa história é que toda essa turma da madeira, enxerga essa sua condição surreal além das suas caras. Pensam que se prolonga até suas cabeças. Daí, destilam sua arrogância na forma de "mentes brilhantes". Acontece que, quanto mais usam o óleo de peroba, o brilho supostamente adquirido pelas "cabeças pensantes", quando não faz resultar em "fakes" só corrobora decisões temerosas.

Nessa minha percepção de consumo aquecido do óleo de peroba, salta-me aos olhos o absurdo mais recente que se revela como mais outro ato de incoerência dos que fazem a política econômica. No afã populista que se meteu a "turma da esplanada", responsável pelo interesse eleitoreiro e por propor à economia do país um ambiente de perigo para 2023, não têm havido escrúpulos com a política fiscal. Na hora que o risco eleitoral pega, não há ideia liberal e nem muito menos coragem para segurar uma gastança comprometedora.

De fato, a brincadeira com as contas públicas assumiu uma condição de chacota nacional. A título de complementar algo que nunca foi prioridade estratégica deste governo (que sequer tem ideia do conceito básico de política social), propôs -se mais uma despesa "fura teto", agora direcionada para cidadãos (ou potenciais eleitores). A emergência de atender a dezenas de milhares de excluídos é mais um disfarce desaforado do que um pretexto tolerado.

Enfim, essa artimanha dos caras de pau de driblar a legalidade  irá jogar no ralo mais R$ 42 bilhões, junto com tudo que a legislação eleitoral e a própria Constituição predizem ao contrário. O que vale é arriscar na reeleição e que, no mais, o país exploda. Tanto e quanto o consumo de óleo de peroba para dar sentido à legião dos caras de pau.

A não ser essas velhas figuras carimbadas e, certamente, a indústria de oleaginosas, tornou-se intolerante e abusivo a desorganização e o descontrole dos programas sociais. Pior: em pleno desrespeito à legislação. 

Se ainda for cabível, resta à sociedade sensata torcer para que brilhem outras mentes. As daqueles que, em 2023, terão o desafio de reinventar os gastos públicos, após tanta irresponsabilidade civil.

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