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Economia e cultura em processo de reconstrução?

Como fazer diferente nas políticas desses setores?

Setor cultural tem espera de dias melhores com novo governo - Pixabay

Justo na semana que o presidente Lula definiu parte dos nomes que comporão, lá no Planalto, os times da Economia e da Cultura, aqui na planície, em pleno Cine PE, demos uma modesta contribuição.

No seminário do festival, promovemos um debate de alto nível, que não só caberia à cultura, mas a todos os setores de atividades econômicas. Afinal, com as palestras de Edmar Bacha, Cristovam Buarque e Germano Rigotto, bem como os comentários dos professores Yony Sampaio, Gustavo Maia Gomes e Marcília Gama, transmitimos algumas preocupações e uma dose significativa de esperança.

Não preciso repetir que saímos do seminário com algumas preocupações que não surpreendem, pelo momento político e econômico. Diante de novos turmos de um embate eleitoral, que não findou no segundo pleito (com a devida licença dessa expressão usada por Cristovam), o quadro político inspira cuidados. Principalmente, na órbita da engenharia política, da capacidade de negociar a governabilidade e apaziguar arestas removíveis para tal. As projeções econômicas, por seu turno, não são também palatáveis, pelas instabilidades dos ambientes macroeconômicos, externo e interno. E o danado que a margem de erro para o presidente Lula é quase zero. Um desafio e tanto.

Apesar de tamanho desafio, a esperança sempre se antecipa. E conforme nosso encanamento, sua superação pode ser real. Parte da equipe econômica já está anunciada, com a confirmação do ministro Haddad, embora também seja fundamental para a cultura, os nomes do planejamento e da área de indústria e comércio. Ambos vitais para se pensar no setor cultural como um eixo do desenvolvinento. Por seu turno, a expectativa de que a ministra Margareth não apenas foque nas questões orgânico-institucionais da volta do ministério, da revogação dos entulhos e da renovação das políticas públicas. Bem mais do que isso, é saber como enfrentar a criminalização do setor, na intenção de recuperar sua imagem, bem como transformar o discurso da economia da cultura em algo exequível.

Chegou a hora da conexão entre a cultura e a economia. Competência e sorte para as autoridades escolhidas.

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