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Fenômenos Extremos Além da Política: Respostas às Agressões Ambientais

Efeitos Econômicos das Mudanças Climáticas Induzidas pela Insensibilidade Humana

Certas configurações que têm-se observado no mundo atual não são e nem deveriam ser tão inspiradoras. E até nos surpreendem pelas teorias e práticas que assumem ideologias testadas e desaprovadas. Isto quando não negam valores vitais e sustentáveis. Nesses casos, a formação educacional que dá suporte ao conhecimento, à criação e à tecnologia tem sido alvo perene de questionamentos estúpidos, que servem para dar vigor a uma linhagem de discursos extremos.

 

Uma pauta desse repertório negacionista e que deixa os agentes econômicos inseguros nas suas análises futuras é o descompromisso com as questões ambientais. É razoável a compreensão de que eventos climáticos extremos são essencialmente explicados por aspectos hidrológicos, geológicos e geofísicos. No entanto, a previsibilidade promovida pela banda da racionalidade humana (conhecimento técnico) e a irresponsabilidade conduzida pela banda da irracionalidade humana (arrasamento político), são indicativos de que a intensidade dos problemas tem linha direta com mudanças climáticas induzidas pela intervenção do homem. Seja pela negligência de considerar o conhecimento supérfluo e/ou pela vontade de intervir sem o sentimento preservacionista.

 

Para não dizer que só quero me referir ao Brasil, trago logo à tona os mesmos "fenômenos extremos" que têm abalado o resto do mundo. Talvez os efeitos de negligência e/ou intervenção tenham uma escala menor, mas "humanos descompromissados" são "pombos de praça": existem, são até considerados, mas podem transmitir um mal danado. Os exemplos recentes de eventos extremos na Europa e na China consagram a insensibilidade humana e representam uma ameaça à estabilidade econômica.

 

A intensidade da estiagem na Europa e na China é algo contundente. Não são apenas as ondas de calor que fazem do clima um verão inigualável. O baixo nível de rios como o Danúbio e o Reno, por exemplo, trazem desabastecimento de água e quebras de safras agrícolas, E isso tem causado um efeito econômico devastador no nível geral de preços  (inflação) e no nível de atividade (baixo crescimento econômico).

 

Se o quadro nacional também se traduz pela  aceitação desse contexto, a piora se mostra simplesmente assustadora.  Tomo como exemplo os eventos extremos das chuvas registradas no RJ, MG, BA e PE. O conhecimento e a tecnologia anteciparam a dimensão do fenômeno, mas a fragilidade das políticas públicas, independente, do tempo, das gestões e da falta de cidadania geral, mostraram bem o deacompromisso com as soluções. E o mais agravante disso ê a pitada final da insensibilidade humana com a preservação ambiental, seja de quem agride e/ou do poder público que, por não crer no valor ambiental, não protege de modo adequado. 

 

Nessas posturas que exaltam os fenômenos extremos da natureza, o maniqueismo revela que os extremps políticos podem também contribuir para tanta indução humana sobre interferências na natureza. Justo em tempos onde a humanização ma economia se faz tão preciosa.

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