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Novos Governos, Novas Expectativas

O que Esperar das Economias do Brasil e de Pernambuco?

Passado o segundo turno de uma eleição nacional acirrada e divisionista. Também uma outra,  da esfera estadual, que parece apontar para outras perspectivas. A pergunta comum é: e agora? Como as economias do Brasil e de PE reagirão?

 

No plano nacional, a expectativa que resta é chegar a um nível menor de incertezas, posto que os sinais de estabilidade poderão ser alcançados tão logo o presidente eleito anuncie os comandos da equipe econômica, considerando aqui as voltas da Fazenda e do Planejamento. Diante das especulações já evidenciadas, que passam pelas matizes distintas integrantes sa força de resistência democrática, pode daí vir um equilíbrio que atenda o livre trânsito com o chamado  mercado e a capacidade de articulação política. Nesse sentido, o nome da Fazenda teria essa linha de contato com ps agentes econômicos. Por seu turno, o nome do Planejamento teria identidade e espírito de negociação junto à classe política (leia-se Congresso). Ao primeiro, o protagonismo de uma reforma tributária robusta, que possa destravar a burocracia e operar num modelo mais simples e eficaz. Ao segundo, a responsabilidade de trazer o orçamento público para a transparência do executivo, com o olhar voltado para a priorização e a efetividade dos gastos públicos indispensáveis.

 

A tarefa nacional irá exigir muita  disposição técnica e determinação política.  A técnica está na resposta do desafio de entender e controlar o que pode ser feito de política fiscal, sem tirar do dosímetro o enfrentamento emergencial do drama da exclusão social. A determinação política é saber construir com habilidade no Congresso Nacional, esse equilíbrio entre o rigor fiscal e o apoio social. Uma tarefa difícil, embora o Presidente Lula tenha toda experiência em negociações coletivas, que vem dos seus tempos de sindicalista. Portanto, é cabível esperar as escolhas e a partir delas tentar especular o que poderá acontecer em nome da redução das incertezas e de uma razoável estabilidade.

 

 Nisso tudo, não há como fugir da realidade social herdada. Ainda mais do que isso, pela defesa dos pobres e excluídos, que deram o real sentido à vitória de Lula. A síntese do que se pode esperar das políticas públicas é simples: o resultado  nas urnas precisa ser percebido como o brado dos excluídos. Afinal, não basta apenas fazê-los caber no orçamento, o que é necessário e urgente. É vital que sejam feitas políticas que apostem mais na sensibilidade, o que é humano por ser evidente.

 

Do outro lado, o que esperar de PE? Da mesma forma que as demais Unidades Federativas e em se tratando de políticas macroeconômicas concebidas pelo governo central, Pernambuco precisará encarar o desafio da Federação e buscar seus novos caminhos para avançar na economia e reduzir seus indicadores de pobreza. Nesse sentido a conquista da nova e primeira governadora, Raquel Lyra, tem lá suas particularidades e desafios. Tão importante quanto o registro vitorioso de uma chapa duplamente feminina, esse triunfo significa a ruptura de um poder, instalado no Campo das Princesas, por 16 anos, entre resultados (como o desempenho de Suape e os indicadores de educação)  e perdas (como a fragilidade nos indicadores de pobreza).

 

Como a margem de manobra para políticas na economia do Estado fica muito à mercê da política econômica nacional, todos resultados têm forte influência dos recursos, obrigatórios ou não, que vêm de Brasília. Assim, por aqui, creio numa transição pacífica e tratada no melhor entendimento. Assim como, creio que a governadora eleita está preparada e demonstra ser muito hábil na construção dos nexos necessários para um novo ciclo de desenvolvimento socioeconômico: com humanização e sustentabilidade.

 

O momemto

caótico que estamos vivendo no país exige muita ponderação, compromisso social e capacidade de execução das políticas públicas. Que esse alerta já conduza os trabalhos da transição, nas duas esferas.

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